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I SÉRIE — NÚMERO 17

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— embora os senhores queiram apagar isso da História, já que quer falar de História — que, imagine, levou o

País às vésperas da bancarrota e que teve de assinar um Memorando de Entendimento. Lembra-se, Sr.

Deputado? Memória. Lembra-se, Sr. Deputado?

Protestos do Deputado do PS Eurico Brilhante Dias.

Sabe o que dizia esse Memorado de Entendimento? Dizia o seguinte: «Todas as pensões serão congeladas

durante o período de ajustamento».

O Sr. João Paulo Correia (PS): — E depois da troica?!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Ou seja, a herança que tivemos de um governo do seu partido

dizia que todas as pensões eram congeladas. A discricionariedade que tivemos foi, numa altura de maior

dificuldade, conseguir retirar desse espartilho em que os senhores nos enfiaram as pensões mais baixas das

mais baixas. É verdade! Foi um ato discricionário e foi com muita dificuldade, mas, em nome daqueles que

menos tinham, conseguimos fazer um pouco de justiça social, perante a insensibilidade dos senhores pela forma

como deixaram o País.

Aplausos do CDS-PP.

Por fim, o Sr. Deputado disse que eu tinha um problema. Sr. Deputado, o problema do Partido Socialista é

muito maior. Os senhores perceberam que o vosso modelo económico falhou e ainda assim o senhor conseguiu

fazer uma intervenção inteira sem uma única vez referir a palavra «crescimento». Lembrou a discussão dos

Orçamentos do Estado de 2012, de 2013, de 2014 e de 2015. Nesses anos, a palavra mais referida em todas

as intervenções de todos os Deputados do Partido Socialista era «crescimento».

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — A palavra menos referida era «défice». Veja lá como isto mudou,

Sr. Deputado!

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos

Abreu Amorim.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado João Almeida, em primeiro lugar, queria

agradecer-lhe o facto de ter trazido a Plenário o tema da sua declaração política, mas, sobretudo, o modo,

absolutamente desassombrado e ajustado à realidade com que o fez, tanto na declaração política como nas

respostas que ofereceu às dúvidas que foram colocadas pelos grupos parlamentares.

O Grupo Parlamentar do PSD concorda que a receita económica do Orçamento do Estado de 2016 e, já

agora, a receita económica que foi apregoada nas vésperas das eleições legislativas pelo Partido Socialista —

eleições legislativas que, recordemos, perdeu — falhou, e falhou estrondosamente.

Diziam que o aumento do consumo era uma espécie de varinha de condão que, por artes mágicas, iria

impulsionar o País para um crescimento económico nunca visto. Está completamente provado que esta receita

falhou e, neste momento, o Partido Socialista tenta, embora atabalhoadamente e de forma nunca confessada,

arrepiar caminho, defendendo agora aquilo que atacava quando nós, PSD e CDS, éramos governo.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Austeridade expansionista!

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — O PS já sabe que falhou e está neste momento a trocar as suas

prioridades. Mas os partidos da extrema-esquerda também estão a trocar as suas prioridades, com um