5 DE NOVEMBRO DE 2016
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euros de candidaturas. Voltámos a bater o recorde, as empresas confiam e querem investir no nosso País, Sr.
Deputado!
Aplausos do PS.
Quero recordar também a importância do investimento que está a acontecer, porque é um investimento que
dá mais competitividade à nossa economia, que a prepara melhor para se abrir ao exterior. O investimento
resultante das candidaturas ao Portugal 2020 é um investimento essencialmente da indústria portuguesa e é um
investimento com muito mais incorporação tecnológica do que aquele que era o investimento tradicional das
nossas empresas. É um investimento com elevada ou, mesmo, com média incorporação tecnológica, o que quer
dizer que as empresas estão mais bem preparadas para se apresentarem no exterior, com produtos mais
competitivos, com processos produtivos mais competitivos, com processos de comercialização mais
competitivos.
É assim que estamos a preparar o futuro de Portugal, ou seja, com um Portugal 2020, finalmente, a funcionar
e com as empresas que confiam e que estão a investir no País e que se apresentam para obterem apoios,
porque querem investir, querem criar emprego em Portugal, Sr. Deputado.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Vamos passar ao segundo grupo de pedidos de esclarecimento.
Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Leite Ramos.
O Sr. Luís Leite Ramos (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.
Ministro Pedro Marques, bem pode V. Ex.ª — deixe-me usar uma expressão popular — «pintar a manta», que
não muda a essência do Orçamento que os senhores nos trouxeram e que hoje é discutido.
Este é um Orçamento sem ambição, é um Orçamento sem estratégia e é um Orçamento sem rumo.
É um Orçamento sem ambição, porque não repõe o investimento e o crescimento económico de que o País
precisa. É um Orçamento sem estratégia, porque aponta para um modelo económico errado, que já mostrou
que falha. É um Orçamento sem rumo, porque não traz a confiança e a esperança de que os portugueses e
Portugal precisam. É, portanto, um Orçamento de ilusões, Sr. Ministro.
É um Orçamento a pensar nas próximas eleições autárquicas? É! É um Orçamento eleitoralista e é um
Orçamento que visa, sobretudo, a sobrevivência política do Governo.
O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Muito bem!
O Sr. Luís Leite Ramos (PSD): — É um Orçamento feito não a pensar no futuro dos portugueses mas a
pensar no vosso futuro político. É um Orçamento que deixa o País para trás.
É um Orçamento que continua a vender um modelo económico errado, um modelo económico falhado, é um
Orçamento que não contribui para recuperar a confiança, para recuperar o investimento e, sobretudo, para
recuperar o crescimento económico.
Mas, Sr. Ministro, quando o ouço, confesso-lhe que, por vezes, tenho uma dúvida: não sei se o senhor é
Ministro do Planeamento, se é ministro dos anúncios e da propaganda. É que tanto anúncio, tanta propaganda,
tantos milhões, tantos projetos, tantas obras… É, realmente, uma coisa extraordinária!
Aplausos do PSD.
Não é para hoje, é para amanhã, é para o ano… Aliás, o Sr. Ministro utiliza a palavra «havemos», mas,
embora não signifique exatamente como a conhecemos, a expressão «vem lá para o futuro» é a que deveria
ser utilizada.
Bem sei que o Sr. Ministro repete estes anúncios para tentar moldar a realidade, sendo que umas vezes
repete de uma determinada forma e outras vezes repete de outra forma. Enfim, tenta ludibriar a realidade.