25 DE NOVEMBRO DE 2016
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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, a
nossa proposta de alteração deste artigo 8.º tem um objetivo principal e duas razões essenciais. O objetivo
principal é não reduzir o número de efetivos das forças e serviços de segurança, o que irá acontecer se for
aprovada esta proposta orçamental.
A primeira razão essencial é fazer com que o Estado seja uma pessoa de bem, uma pessoa de palavra e
que honra a sua palavra.
A segunda razão essencial, não menos importante, é manter a segurança interna como essencial para
captação de investimento.
Na verdade, sobretudo na PSP, o que fazemos é com que o Estado cumpra aquilo a que se vinculou. O
anterior Governo, do PSD e do CDS, para além de terminar com a troica, abriu um concurso para a admissão
de 800 novos agentes para a PSP. Esse concurso não só foi lançado como iniciou os procedimentos concursais,
e chegaram mesmo a fazer-se provas de seleção.
O que este Governo fez, ao arrepio da palavra dada, por uma decisão do Ministério das Finanças e por falta
de peso político do Ministério e da Ministra da Administração Interna, foi dizer que, afinal, já não são 800, mas
apenas 300, razão pela qual repomos esses mesmos 500.
Da mesma forma, e de forma responsável, propomos a abertura de concursos, que já estavam previstos ou
que constavam do nosso programa eleitoral, nas restantes forças e serviços de segurança, a saber, na GNR,
no SEF e na PJ.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Também relativamente ao artigo 8.º, tem a palavra o Sr. Deputado Paulino Ascenção.
O Sr. Paulino Ascenção (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, este Orçamento do Estado
consagra a solidariedade nacional para fazer face aos prejuízos de mais uma tragédia que se abateu sobre a
Madeira neste verão, os incêndios.
Gostaríamos que os meios fossem mais significativos? Com certeza! Mas, sobretudo, gostaríamos que
tivesse havido menos prejuízos, mais prevenção, mais ordenamento e planeamento, mais responsabilidade das
autoridades regionais.
O PSD/Madeira esconde a sua responsabilidade atrás da reivindicação de cada vez mais verbas junto da
República e diz que, desta forma, está a defender os madeirenses. Defende, mas apenas alguns, aqueles que
sempre enriqueceram à sombra do orçamento e da dívida regional. Esta ajuda financeira, que consagra a
solidariedade, deve ser acompanhada de mecanismos de fiscalização, para que não se repita o que aconteceu
em 2010, em que as verbas da solidariedade foram desviadas para obras inúteis que beneficiaram apenas
alguns. É preciso solidariedade e responsabilidade.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Ainda relativamente ao artigo 8.º, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado da
Administração Interna.
O Sr. Secretário de Estado da Administração Interna (Jorge Gomes): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs.
Deputados, quero apenas responder a uma questão referida pelo Sr. Deputado Nuno Magalhães.
Sr. Deputado Nuno Magalhães, relativamente às entradas na Polícia de Segurança Pública, convém não
esquecer que vai entrar exatamente o mesmo número de agentes que entrou em dois, três anos do vosso
Governo — a diferença é só essa.
Mas, para além disso, nós não tínhamos um compromisso com o número de entradas; tínhamos era uma
bolsa de inscritos na Polícia de Segurança Pública que rondava os 1300 e que estavam apurados para poder
ingressar na Escola de Polícia, e ingressaram apenas 300.
Contudo, também não podemos esquecer que são libertados de funções administrativas e de funções
relativas a outras tarefas internas para a vida ativa, para a vida exterior às esquadras da PSP, cerca de 500