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I SÉRIE — NÚMERO 28

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A Sr.ª Deputada nega a evidência, omite números e factos, portanto não sei como é que podemos começar

a entender-nos, partindo desta falta de verdade, desta falta de objetividade.

Aplausos do PS.

E digo isto porque, neste ano, o Serviço Nacional de Saúde admitiu mais 3200 profissionais de saúde, abriram

mais unidades de saúde familiares, houve um maior número de médicos de família e, consequentemente, um

menor número de portugueses sem médico de família.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Não se nota nada!

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Neste ano houve um maior número de especialistas

hospitalares, um maior acesso à inovação terapêutica, houve mais consultas, mais cirurgias, um maior número

de camas nos cuidados continuados.

Isto são factos, Sr.ª Deputada! Portanto, como é que justifica o que afirmou quando, nos últimos quatro anos,

foi conivente com a maior delapidação dos recursos humanos no Serviço Nacional de Saúde?

A Sr.ª Deputada sabe, por exemplo, que este ano houve menos aposentações por parte dos médicos? Que

houve menos emigração de médicos? Que houve menor saída de médicos para o setor privado? A Sr.ª

Deputada sabe disto? Agradecia que me respondesse.

O CDS, de facto, fala em consensos, mas parece que tem má consciência, cavalga num populismo

corporativo e até, de alguma maneira, foi dar voz a alguma denúncia da Sr.ª Bastonária, que, todos nós sabemos,

é dirigente de um partido político.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Vou já terminar, Sr. Presidente.

Sinceramente, não percebo o que é que a Sr.ª Deputada pretendeu com esta declaração política, se não dar

voz a populismos, o que só pode demonstrar alguma má consciência.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr.ª Deputada Maria Antónia Almeida Santos, muito obrigada pelas

suas questões. Invocou aqui a minha má consciência…

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Não é a sua, é a do seu partido!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Eu nunca julguei a sua e, portanto, agradeço que não julgue a

minha, porque estou, de facto, bastante tranquila.

Queria perguntar à Sr.ª Deputada o que é que tem a dizer aos portugueses perante os relatos da realidade,

perante aquilo que os bastonários de ordens profissionais dizem? Será que também têm má consciência quando

falam da realidade, Sr.ª Deputada?

A Sr.ª Deputada não pode negar isso. Tem de dar respostas aos portugueses, não se escudando

sistematicamente no passado, tem de dar respostas aos portugueses sobre a fatura que vão pagar relativamente

ao preço das cativações, dos pagamentos em atraso, das faturas. É o próprio Ministério da Saúde que o

reconhece e que, obviamente, vão limitar grandemente os investimentos no Serviço Nacional de Saúde.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Contratámos mais 3200 profissionais!