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I SÉRIE — NÚMERO 28

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O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Moisés Ferreira, do Grupo

Parlamentar do Bloco de Esquerda.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto,

disse, da tribuna, que a saúde é uma preocupação do CDS-PP. Esqueceu-se de dizer que é uma preocupação

do ano de 2016. É que o CDS-PP só tem preocupações sociais quando está na oposição, que é para fazer de

conta. Toda a gente sabe isso.

Sabemos que, quando estava no Governo, perante a situação do Serviço Nacional de Saúde, aquilo que se

ouvia do CDS-PP era o silêncio. Sabemos que alguns lugares no Governo obrigavam ao silêncio e à

cumplicidade do CDS-PP: rutura nas urgências — silêncio do CDS-PP; redução de profissionais na saúde —

silêncio do CDS-PP; aumento do recurso a entidades privadas porque o público estava a reduzir a sua

capacidade — silêncio do CDS-PP!

Ao contrário do CDS, o Bloco de Esquerda tem estado ao lado dos profissionais, dos TDT (técnicos de

diagnóstico e terapêutica), por exemplo, por causa da revisão das suas carreiras.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Não está ao lado dos doentes!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Tem estado ao lado dos enfermeiros por causa das horas extraordinárias.

Apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para um concurso extraordinário em 2017 com

vista à contratação de mais enfermeiros.

Sr.ª Deputada, aquilo de que eu gostava mesmo — e agradecia que respondesse, porque em intervenções

anteriores não respondeu às perguntas mais incómodas — era saber que contributo é que, na realidade, o CDS-

PP deu quando, entre 2010 e 2015, o Governo que apoiava reduziu em 4 400 os profissionais do Serviço

Nacional de Saúde.

A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Exatamente!

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Quando o CDS-PP estava no Governo cortaram o orçamento do Serviço

Nacional de Saúde. Qual foi o contributo do CDS-PP?

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou o seu tempo. Tem de concluir.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, termino com esta pergunta: quando deterioraram as condições

de trabalho dos profissionais na saúde, obrigando, por exemplo, 3 000 médicos a saírem do público para o

privado, qual foi o seu contributo, Sr.ª Deputada?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder, a Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Moisés Ferreira, queria agradecer os

seus comentários, mas dizer que, lamentavelmente, mais uma vez, os senhores voltam ao registo do passado

e vêm com conversas e com remoques sobre um período que nós não renegamos, que foi um período de

grandes dificuldades em que vivemos limitações impostas pela assistência financeira. Não creio que estejamos

agora — é o agora que temos de discutir — sob assistência financeira.

De qualquer forma, queria lembrar ao Sr. Deputado que quem salvou o SNS capturado, que estava

ameaçado por montantes de dívidas — de maneira nenhum aquilo que temos é semelhante ao que tivemos no

final da Legislatura —, foi o anterior Governo, quando pagou as dívidas que a governação socialista deixou,

dívidas essas que ameaçavam completamente a prestação dos cuidados de saúde.

Vozes do PS: — Ah!…