I SÉRIE — NÚMERO 40
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Por outro lado, temos de chamar a atenção para a necessidade de reforçar a oferta, a regularidade da oferta
e o número de circulações e carreiras que estão ao dispor das populações, porque o que aconteceu ao longo
destes quatro anos foi uma diminuição muito grande da oferta do transporte público.
Portanto, não é com essa base ou com esse ponto de partida que temos de olhar para as medidas a tomar
pelas empresas e pela oferta operacional. Temos de repor a capacidade de resposta que foi retirada pelo
Governo anterior e estas é que são as medidas que se colocam em cima da mesa do ponto de vista operacional
e do investimento.
É urgente começar a obra na estação de Arroios, na linha verde, mas, até esse dia, é necessário pôr o
metropolitano a circular com quatro carruagens. Quando começar a obra, a situação será diferente,
Quanto ao que se está a passar na Transtejo, é necessário tomar medidas urgentes e imediatas em relação
à capacidade operacional da oferta da linha fluvial aos passageiros.
Em relação aos Transportes Sul do Tejo (TST), colocamos aqui uma questão muito concreta.
Há uns meses, a Assembleia da República aprovou, por proposta do PCP, uma resolução que alertava o
Estado central e as autoridades para o incumprimento da empresa TST que se estava a fazer sentir na oferta,
prejudicando as populações e os utentes.
A questão que se coloca é a seguinte: neste momento, por parte das autoridades, que resposta é que existe?
É que no terreno não se faz sentir alteração nenhuma. Não há soluções e não há respostas para os problemas
que as populações estão a sentir.
Sr. Ministro, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, reforço a nossa oposição, que, aliás, é conhecida,
relativamente às opções políticas de entrega aos municípios da STCP e da Carris.
O Sr. Presidente: — Tem de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. BrunoDias (PCP): — Termino já, Sr. Presidente.
Já foi entregue, nesta Assembleia, uma apreciação parlamentar em relação à STCP e queremos anunciar
que também entregaremos uma apreciação parlamentar relativa ao decreto-lei sobre a municipalização da
Carris.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Ainda nesta segunda ronda, tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado José
Luís Ferreira.
O Sr. JoséLuísFerreira (Os Verdes) — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Sr. Deputado Hélder Amaral
referiu-se à renovação da frota da SCTP, mas isso não aconteceu. Não houve renovação da frota!
O Sr. HélderAmaral (CDS-PP): — Estava prevista. Os senhores é que não a quiseram!
O Sr. JoséLuísFerreira (Os Verdes) — Falou de uma coisa que não aconteceu!
Já o Sr. Deputado Pedro Mota Soares acerta no nome da linha de comboio mas não acerta no nome do
ministro. Com o tempo, é capaz de lá ir!
Protestos do CDS-PP.
Sr. Ministro, continuamos à espera que nos diga alguma coisa sobre as ligações fluviais do Tejo, sobretudo
as do Montijo.
O metropolitano de Lisboa presta um serviço que está muito longe de responder às necessidades dos
utentes: há falta de pessoal, há atrasos, há comboios imobilizados, há estações degradadas e até há meios
mecânicos que estão constantemente avariados.
Para além de todos estes problemas, em 2012, com o Governo PSD/CDS, para variar, o metropolitano de
Lisboa diminuiu de quatro para três o número de carruagens que circulavam na linha verde. Como sabemos,
esta é uma das linhas com mais utilizadores, porque tem ligações fluviais e aos comboios da CP.