O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 55

10

esquecem-se do passado. Mas isso começou porquê? Começou por quatro anos de desleixo, começou por

quatro anos de desmobilização e de desincentivo na escola.

Aplausos do PS.

Entre 2002 e 2015, a quebra de investimento na requalificação, melhoria e apetrechamento das escolas foi

superior a 70%; nos anos de 2013 e 2014, o «Ministério Crato» teve uma taxa de execução dos fundos

comunitários inferior a 50%. Este Governo retomou o investimento nas escolas públicas. Porque é que não

começou mais cedo? Bom, sabemos que o Orçamento do Estado só entrou em vigor em abril e que o decreto

de execução orçamental só foi publicado nesse mês. Mas podia ter-se começado imediatamente. Não se

começou imediatamente porquê? Porque os senhores não tinham preparado nada: não tinham feito o

diagnóstico, não tinham concursos nem execução, não tinham feito levantamento das necessidades.

Aplausos do PS.

Os senhores não só não tinham investido, como se tinham esquecido da necessidade de investir. É isso que

queremos saber.

Sr. Deputado Hugo Lopes Soares, porque é que não falou disto? Afinal, a reforma do Estado é o quê? É só

conversa? O acesso aos serviços públicos é só conversa? Respostas concretas é o que vos pedimos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado

Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.

Deputado Hugo Soares, queria cumprimentá-lo por trazer um tema que pensei que fosse para o Governo

importante e relevante para o futuro do País e que merecesse da parte da bancada do Partido Socialista

perguntas sérias e concretas.

Percebo agora que, afinal, o Ministro…

O Sr. João Galamba (PS): — Já tinha isso escrito, não é?!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Tenha calma, Sr. Deputado. Ainda estou no início.

Afinal, o grande plano nacional de reformas onde é que está? O Governo apresenta-se aqui com um número

considerável de governantes, mas nem o Ministro responsável pelo verdadeiro plano nacional de reformas, o

responsável pelos fundos comunitários Portugal 2020, está presente, nem o Secretário do Estado. Pelos vistos,

querem tudo menos discutir o plano nacional de reformas e os fundos comunitários, tão importantes para o futuro

do País, tema que o Partido Social Democrata aqui trouxe.

A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Quantas vezes já foram discutidos aqui?!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Aliás, Sr. Deputado Porfírio Silva, a vossa governação é tão sólida, está

a levar o País a um caminho tão forte, a um caminho de sucesso tal que a verdade passou a ser o maior dos

perigos. É preciso proteger a mentira e ignorar a verdade e, quando a verdade já não é aquilo que deve fazer

parte da governação e da vida do País, está tudo dito sobre a governação de VV. Ex.as!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Deputado Hugo Soares, o que é que devemos tirar desta governação

e daquilo que aconteceu? É evidente que não vale a pena termos ilusões. Não há nenhum plano nacional de

reformas, como disse — e bem! —, sem uma visão comum. O problema é que o Bloco de Esquerda, o Partido