10 DE MARÇO DE 2017
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O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Ah!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … e se o Sr. Deputado não ouviu foi porque, na altura, não
acompanhava estes trabalhos, porque isso aconteceu. Não há qualquer problema com isso!
Aplausos do CDS-PP.
Mas já que quer ouvir falar de nomes, também lhe digo que sei muito bem ver a diferença entre aquilo que
foi e é a supervisão de Carlos Costa e o desastre que a supervisão de Vítor Constâncio…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ora bem!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … provocou no sistema financeiro português.
Aplausos do CDS-PP.
E já que quer falar de nomes e que o seu partido nomeou Elisa Ferreira para o órgão de supervisão, para o
Banco de Portugal,…
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Já tem nomes! Quer nomes?!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … já era altura de começar a apresentar resultados. Para além da
nomeação de diretores de departamento, já era altura de ter alguns resultadinhos para apresentar.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Se quer falar de nomes, não temos qualquer problema com isso, mas
acho que podemos fazer uma discussão um bocadinho mais elevada sobre esta matéria.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Carlos Pereira (PS): — Devia ter começado por aí!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Em segundo lugar, fez uma série de perguntas sobre a integração ou
a saída do Fundo de Resolução do Banco de Portugal e a arquitetura orgânica.
Sr. Deputado, o CDS está disposto a discutir todos os modelos e, certamente, teremos abertura e tempo para
os discutir, mas uma coisa lhe digo: não estamos dispostos a discutir quaisquer mudanças de arquitetura que
conduzam a que, na prática e na essência, as coisas fiquem a funcionar exatamente da mesma forma. É que o
mais difícil na supervisão não é criar um modelo que, do ponto de vista da orgânica ou da arquitetura, seja
melhor, o mais difícil é que passe a funcionar de forma diferente. E quem assistiu quase diariamente, ao longo
de todos estes anos, e já lá vão quase 10 anos, à prática do que é a supervisão, percebe a verdade daquilo que
eu disse há pouco da tribuna. Muitas vezes, há cartas, há ofícios, há alertas, há milhares de documentos e,
depois, na prática, nada é feito. Desse ponto de vista, podemos mudar a orgânica dez vezes, mas se não formos
ao centro do problema nada vai mudar.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Em terceiro lugar, relativamente à pergunta que me fez sobre as
diretivas e a transposição de diretivas, os Srs. Deputados podem continuar a fazer oposição ao passado. Na
medida em que já passou mais de um ano de Governo, torna-se cada vez mais constrangedor, mas continuem
a fazer oposição ao passado.