11 DE MARÇO DE 2017
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Declarações de voto enviadas à Mesa para publicação
Relativas aos votos n.os 236, 241, 242, 244, 246, 248 e 249/XIII (2.ª):
A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira os votos n.os 236/XIII (2.ª), 241/XIII (2.ª) e 242/XIII (2.ª),
relativos à comemoração dos 10 anos da despenalização da interrupção voluntária de gravidez.
Muito embora saudemos a diminuição do número de IVG e das complicações relacionadas com os abortos
clandestinos na sociedade portuguesa na última década, é-nos difícil congratularmo-nos com o facto de que
persistem deficiências graves de informação sobre saúde sexual e reprodutiva, bem como com a falta de apoio
a mulheres e famílias fragilizadas, que convencem as mulheres de que a sua única opção é recorrer à IVG. O
Estado não se deve desresponsabilizar do apoio ativo à natalidade e à construção das famílias,
independentemente da sua forma.
Para além do mais, consideramos que os três votos ignoram as consequências dramáticas da IVG sobre as
famílias, em particular o papel do homem, que se vê inteiramente secundarizado no atual regime jurídico.
Por estes motivos, votámos contra estes votos.
As Deputadas do PSD, Inês Domingues — Rubina Berardo.
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Revemo-nos no essencial dos princípios constantes dos votos n.os 236, 241 e 242/XIII (2.ª), de que é exemplo
a congratulação pela «forma como Portugal tem vindo a assegurar a saúde sexual e reprodutiva e os valores de
autonomia e da dignidade da pessoa humana».
Abstivemo-nos, no entanto, pelas seguintes razões:
1 — Por não acompanharmos algumas das expressões e alguns dos pressupostos constantes dos votos, de
que são exemplos:
a) a adjetivação de «inquisitórios», para qualificar julgamentos realizados em democracia em tribunais
portugueses;
b) as apreciações de ordem político-partidária relativamente a opções legislativas do anterior Governo,
incluindo a imputação de existência de «tentativas de tutela paternalista por parte do Estado para condicionar a
livre decisão das mulheres».
2 — Acrescidamente, pelas dúvidas que nos coloca a prática de votos de saudação ou congratulação na
Assembleia da República com o objetivo de assinalar ou comemorar uma ou outra lei, o que, em bom rigor,
desde logo implicaria que os Deputados se obrigassem a uma prévia reflexão sobre a importância gradativa de
cada uma delas.
As Deputadas e os Deputados do PSD, Joana Barata Lopes — José Carlos Barros — Margarida Mano —
Fátima Ramos — António Costa Silva — Bruno Coimbra.
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O voto n.º 236/XIII (2.ª), apresentado pelo PCP, de congratulação pela comemoração dos 10 anos da
aprovação da despenalização da interrupção voluntária da gravidez, o voto n.º 241/XIII (2.ª), apresentado pelo
PS, de congratulação pelos 10 anos de despenalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG) e o voto n.º