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I SÉRIE — NÚMERO 69

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Longe vai o tempo em que ombreávamos com as grandes potências mundiais pelo controlo de um mercado

global, reforçados pela nossa frota marítima e pelos empreendedores que nunca se amedrontaram pela nossa

dimensão ou pelos perigos daquilo que era uma aventura rumo ao desconhecido. Hoje esse espírito volta a ser

evidente no tecido empresarial português, mas também nos polos de conhecimento académico e cultural. A

capitalização desse espírito e da capacidade empreendedora, assim como da capacidade de inovação

reconhecida nos nossos cidadãos, é uma das grandes marcas da ação deste Governo.

Assim sendo, podemos dizer que o distrito de Leiria começa a colher desde já os frutos desta ação

governativa e das iniciativas legislativas desta maioria parlamentar.

Como região com um forte dinamismo industrial e que soube, desde logo, antecipar aquilo que é hoje uma

emergência nacional, a aposta na internacionalização e na inovação, como marcas de uma atividade económica

pujante, a região está pronta para continuar a dar o seu contributo na persecução de objetivos nacionais cada

vez mais claros e que se aproximam das ambições do próprio distrito.

Depois de um período marcado pelo empobrecimento de empresas e cidadãos, em que a tensão social era

percetível, assim como o fosso que se ia cavando entre representantes e representados, mérito para uma

iniciativa governamental que já conseguiu inverter uma tendência negativa, relançando o País num novo ciclo

político.

Ao contrário do que se passou no passado, em que nos faltavam os meios necessários para que pudéssemos

concorrer com economias mais preparadas e modernizadas, conseguimos agora ultrapassar algumas limitações

estruturais, colocando a nossa maior riqueza ao serviço do País: a mente, o engenho e imaginação dos nossos

concidadãos.

Por isso, consideramos importante o aproveitamento da geração mais bem preparada de sempre, como

rampa de lançamento para uma nova fase de desenvolvimento do nosso País. Esse é o mérito de uma iniciativa

política que injeta confiança nas capacidades dos cidadãos e cria um meio em que estes possam desenvolver

as suas competências, gerando uma vaga de otimismo e confiança que contagia as regiões.

Aplausos do PS.

O distrito de Leiria não é exceção e o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido à escala nacional identifica-

se com os próprios objetivos da região. É esse o modelo que tinha ficado para trás e que agora se recupera, em

nome de um País melhor para todos, assim como de regiões mais competitivas.

Sr.as e Srs. Deputados, cabe-nos, como representantes eleitos pelo distrito, garantir a convergência do

projeto regional com o projeto nacional. Devemos continuar a defender aquilo que de bom tem sido feito, mas

não podemos esquecer a realidade da nossa região; logo, é importante defender uma estratégia que permita

esbater algumas das assimetrias que se verificam no distrito.

A norte, a questão do envelhecimento da população e desertificação, que contrastam com o litoral centro

mais populoso e também mais dinâmico a nível empresarial, que, por sua vez, contrasta com o litoral-oeste, a

sul no nosso distrito, zona em que o mar e os campos agrícolas conseguem fixar muitos dos nossos jovens, seja

pelo vetor turístico, seja pela intensa atividade agrícola que ali se regista.

Não podemos ignorar as potencialidades do nosso distrito, que, devido à sua centralidade e proximidade dos

grandes centros urbanos, é natural que tenham um lugar de destaque no projeto nacional. Com a silvicultura a

norte e os recursos marítimos a sul, é uma região que conta ainda com uma intensa atividade agrícola, que

surge como complemento a um forte dinamismo económico. É esta realidade que nos faz lutar por uma

estratégia nacional, que permita uma solução integrada para áreas que consideramos prioritárias na sua

definição, mais concretamente na área dos transportes e da educação.

Uma fixação dessa agenda, contempla três desígnios estratégicos de âmbito regional, que, não sendo

propostas meramente bairristas ou paroquialistas, procuram ser uma solução equilibrada entre proximidade e

racionalidade. Refiro-me à reconversão da Linha do Oeste, infraestrutura sistematicamente esquecida por

governos anteriores, e que, finalmente, em fevereiro de 2016, foi anunciada a sua eletrificação, assim como

modernização, entre Meleças e Caldas da Rainha, num investimento de 107 milhões de euros.

Aplausos do PS.