30 DE MARÇO DE 2017
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O Sr. António Rodrigues (PSD): — Zero! Zero!
O Sr. António Sales (PS): — Refiro-me igualmente à abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil,
e está a ser elaborado um estudo sobre o nível do impacto socioeconómico que o Governo irá analisar com o
discernimento e responsabilidade que lhe compete.
Por último, a referência à fixação de uma universidade na região, cujo desígnio não deverá ser prejudicado
por uma limitação legislativa que discrimina os politécnicos com base na sua designação, menorizando as suas
competências científicas e pedagógicas. Para aqueles que dizem que é preferível um bom politécnico a uma má
universidade, respondemos que o politécnico de Leiria sabe ser um excelente politécnico e saberá, certamente,
ser uma excelente universidade, porque é uma excelente instituição de ensino superior.
Aplausos do PS.
Também na modernização tecnológica temos vindo a ser aliados do Governo. Programas como Leiria Região
Digital 4.0, para além de dotarem o distrito de um programa capaz de englobar várias áreas de desenvolvimento
tecnológico, contribuem para a definição de soluções mais preparadas e capazes de se apresentarem como
métodos efetivos de ligação dos cidadãos à máquina pública.
Mas talvez o destaque tenha de ser dado à estratégia da região que visa atuar nas áreas do emprego,
especialmente na fixação dos mais jovens na região. Falamos de um plano que estabelece um triângulo
importantíssimo como fator diferenciador naquilo que é uma estratégia para o emprego, falo do triângulo que
liga a Nerlei (Associação Empresarial da Região de Leiria) a associações empresariais, ao politécnico e às
autarquias locais.
Esta é a chave para responder às necessidades específicas das empresas e das instituições públicas da
região em termos de mão-de-obra, ao mesmo tempo que apresentamos aos jovens da região um meio mais
integrado para poderem seguir as carreiras para as quais estão mais preparados e para as quais têm
competências técnicas.
Aplausos do PS.
Apesar do ecossistema empresarial diversificado, também temos de destacar as iniciativas de
empreendedorismo social, área que tem vindo a ter um grande crescimento na região e que, em conjunto com
as iniciativas civis na área da cultura, tem necessitado de parceiros que consigam nutrir esta fervilhante
atividade.
Em conjunto com o Governo, a região tem sido agora capaz de garantir outro enquadramento a estas
atividades, contribuindo para um meio social mais sadio e preparado para dar resposta às próprias atividades
dos cidadãos.
Para definir, com clareza, estratégias que vão ao encontro das necessidades do País e de cada região,
consideramos vital que sejam dados ouvidos aos parceiros que vão fazendo a radiografia do nosso País,
havendo a necessidade de sermos decididos na adoção de uma estratégia, sem que a tenhamos de mudar a
meio, porque, neste momento, a indefinição será o nosso «calcanhar de Aquiles». É por isso que defendemos
a definição de estratégias nacionais para as diferentes áreas da vida dos cidadãos, acabando com redundâncias,
sem que isso signifique uma falta de oferta a norte, a sul, no interior ou no litoral. Defendemos um maior equilíbrio
nos investimentos públicos, de maneira a que o seu impacto se verifique e contribua para que os cidadãos
sintam que o Estado se voltou novamente para si próprio e não para fora.
Para chegarmos a esta realidade só há dois caminhos, Sr.as e Srs. Deputados: um deles, que já o estamos
a seguir e muito por força da iniciativa deste Governo e da maioria parlamentar, é o caminho da devolução da
confiança aos cidadãos, cortando com uma austeridade que secava tudo à sua passagem; o outro, e talvez o
mais importante, depende de todos nós, representantes políticos das nossas populações, intérpretes da coesão
nacional, agentes de consensos suprapartidários, representantes do desígnio regional cujos cidadãos contam
connosco. É esta a nossa responsabilidade, é esta a nossa ambição, é este o nosso compromisso: queremos
cidadãos mais comprometidos, regiões mais competitivas, Portugal mais equilibrado.