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6 DE ABRIL DE 2017

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Posteriormente, e por iniciativa de diversos grupos parlamentares, foram apresentadas outras iniciativas

legislativas para a isenção da cobrança de IVA de 23% ao exercício das TNC.

Assim, e face à entrada em vigor da Lei n.º 1/2017, de 16 de janeiro, que dá por encerrada esta questão, por

integral satisfação da petição apresentada pelos peticionários, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista

continuará sempre disponível e empenhado na busca das melhores soluções que correspondam às reais

necessidades dos utentes e dos seus profissionais, independentemente das áreas em que nos situemos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Moisés

Ferreira.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, e em nome do

Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, quero cumprimentar e saudar os cerca de 120 000 peticionários que

trazem esta petição à Assembleia da República, entre os quais vários profissionais certamente e vários

estudantes de várias terapêuticas não convencionais, mas também, em particular, muitos utilizadores que

reconhecem os benefícios destas terapêuticas para a sua saúde.

As terapêuticas não convencionais são — e o Bloco de Esquerda defendeu-o sempre — profissões de saúde

e devem ser reconhecidas e tratadas como tal.

A Lei n.º 45/2003 e, depois, a Lei n.º 71/2013, a qual regulamenta as terapêuticas não convencionais,

reconhecem as terapêuticas não convencionais como profissões da área da saúde. No entanto, subsistia uma

iniquidade e uma diferença de tratamento, nomeadamente em sede de IVA, porque se discriminava estas

terapêuticas em relação a outras atividades de saúde.

Realmente, os peticionários tinham razão, era uma reivindicação justa, uma reivindicação que, aliás, o Bloco

de Esquerda vinha trazendo desde há vários anos a este Parlamento, em sede da discussão do Orçamento do

Estado, e que agora foi resolvida, novamente com o contributo do Bloco de Esquerda, através de um projeto de

lei que ajudou também à discussão e à concretização desta reivindicação dos profissionais, dos estudantes e

dos utilizadores.

Temos, por isso, hoje, uma lei que é mais justa e que resolve aquilo que era um tratamento injustamente

diferenciado entre várias profissões da saúde. É preciso, agora, proceder à aplicação da lei, porque o Bloco de

Esquerda tem tido a informação de que a Autoridade Tributária continua a abrir processos e a não aplicar a

legislação, nomeadamente as suas alterações mais recentes, que conferem isenção de IVA aos terapeutas não

convencionais.

Ora, é preciso que estejamos todos muito atentos a esta situação para que a legislação, que é a vontade

desta Assembleia, seja efetivamente aplicada de modo a proceder a uma efetiva regulamentação desta área.

Para terminar, Sr.as e Srs. Deputados, quero dizer que, da parte do Bloco de Esquerda, continuamos muito

empenhados numa efetiva regulamentação das terapêuticas não convencionais. Por isso, devo dizer que temos

ainda muito trabalho pela frente.

Ainda ontem, houve uma manifestação aqui, em frente da Assembleia da República, de vários estudantes

que reivindicam o acesso à sua cédula profissional. E existem também ainda muitos pormenores a colmatar e a

resolver na atual legislação para concretizar a plena regulamentação da legislação das terapêuticas não

convencionais.

Ora, podem contar com o Bloco de Esquerda para isso.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Patrícia

Fonseca.

A Sr.ª Patrícia Fonseca (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Em nome do CDS, quero

também saudar os mais de 120 000 peticionários, em particular os aqui presentes.

Esta petição deu entrada no dia 16 de junho de 2016, tendo dela resultado um conjunto de iniciativas

legislativas, não apenas do CDS mas também de outros partidos políticos, do PAN, do PSD e do BE, que deram

origem à já mencionada Lei n.º 1/2017.