12 DE MAIO DE 2017
41
anos depois dos acontecimentos de Chicago, o 1.º de Maio continua a ser dia de luta nos quatro cantos do
mundo.
A Assembleia da República, reunida em 5 de maio de 2017, saúda o 1.º de Maio e afirma a necessidade da
salvaguarda dos direitos e interesses dos trabalhadores.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto que acaba de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PS, do BE, do PCP, de Os Verdes e do PAN e
abstenções do PSD e do CDS-PP.
Passamos ao voto n.º 299/XIII (2.ª) — De congratulação pela visita de Sua Santidade o Papa Francisco, por
ocasião do centenário das aparições de Fátima e da canonização de Jacinta e Francisco Marto (CDS-PP).
Peço ao Sr. Secretário, Deputado António Carlos Monteiro, o favor de proceder à leitura do referido voto.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«No próximo dia 12 de maio de 2017 terá início a visita pastoral do Papa Francisco a Portugal, no âmbito do
centenário das aparições de Fátima.
A visita do Papa Francisco reveste-se de um significado especial para o nosso País. Desde logo, porque os
católicos são, em Portugal, a maior comunidade religiosa, mas sobretudo porque o líder da Igreja Católica tem
sido uma das figuras incontornáveis deste século, pela expressão humanista da sua palavra, pelos ideais da
tolerância, igualdade e da fidelidade aos valores em que acredita e pelo exemplo ético e espiritual que
representa.
O ministério de Jorge Bergoglio como Sumo Pontífice tem-se traduzido na multiplicação de gestos de paz
para a tomada de consciência de que a humanidade só se realiza verdadeiramente na justiça e na fraternidade.
‘A Terra é a nossa casa comum e todos somos irmãos’ (Evangelii Gaudium, 183).
Enquanto Bispo de Roma tem demonstrado uma liberdade ímpar que desafia as instituições a um humanismo
mais profundo e radical com vista à ‘construção de um mundo melhor’.
Em 2017, dirigindo-se aos líderes da União Europeia, por ocasião do Conselho Europeu Extraordinário que
assinalou o 60.º aniversário do Tratado de Roma, afirmou: ‘A quem governa compete discernir as estradas da
esperança, identificar os percursos concretos para se conseguir que os significativos passos realizados até
agora não fiquem perdidos, mas sejam penhor dum caminho longo e frutuoso’.
Trata-se de uma personalidade ímpar e de uma voz incontornável no atual contexto internacional, que tem
congregado a admiração de muitos e o respeito de todos.
Ao fazer coincidir a sua visita com a canonização de Jacinta e Francisco Marto, a deslocação do Papa a
Portugal representa não só um reconhecimento da dimensão universal de Fátima — que este ano comemora o
centenário das aparições — mas também a afirmação do nosso património à escala global, independentemente
das convicções religiosas de cada um.
Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, congratula-se pela visita do Papa Francisco.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS e do CDS-PP, votos contra das
Deputadas do PS Isabel Alves Moreira e Isabel Santos e abstenções do BE, do PCP, de Os Verdes, do PAN e
dos Deputados do PS Fernando Anastácio, João Galamba, Luís Moreira Testa, Paulo Pisco, Bacelar de
Vasconcelos e Wanda Guimarães.
O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Sr. Presidente, peço desculpa, permite-me o uso da palavra?
O Sr. Presidente: — Pede a palavra para que efeito, Sr. Deputado?