12 DE MAIO DE 2017
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Portuguesa Caixa de Socorros D. Pedro V, Presidente do Liceu Literário Português, Presidente da Federação
das Associações Portuguesas e Luso-Brasileiras, Presidente da Real Sociedade Clube Ginástico Português,
Presidente da Fundação Portugal, Secretário-Geral da Fundação Cultural Brasil-Portugal e membro do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia de Ciências de Lisboa, da Academia Portuguesa da História e
do Instituto Histórico de Santa Catarina.
Tendo em conta a importância do seu papel nas relações entre Portugal e o Brasil e a excelência da sua
ação nos mais variados domínios da vida pública dos dois países, foi distinguido com os graus de Grande Oficial
da Ordem do Infante D. Henrique e Grã-Cruz da Ordem do Mérito Agrícola e Industrial da República Portuguesa
e de Comendador da Ordem do Rio Branco, Oficial da Ordem de Mérito Militar e Oficial da Ordem de Mérito
Aeronáutico da República Federativa do Brasil.
Por estes motivos, a Assembleia da República, reunida em Plenário, em 11 de maio de 2017, exprime o seu
público pesar pela morte de António Gomes da Costa e apresenta aos seus familiares as suas mais sentidas
condolências.»
O Sr. Presidente: — Vamos votar, Srs. Deputados.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do CDS-PP e do PAN, votos contra
do PCP e abstenções do BE e de Os Verdes.
Passamos ao voto n.º 301/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Armando Baptista-Bastos (Presidente
da AR, PS, BE, PCP, Os Verdes, PSD e PAN), que vai ser lido pela Sr.ª Secretária, Deputada Idália Salvador
Serrão.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«É com profundo pesar que a Assembleia da República assinala o falecimento de Armando Baptista-Bastos.
Baptista-Bastos nasceu em Lisboa, cidade que sempre amou, no dia 27 de fevereiro de 1934.
Fez os seus estudos na Escola de Artes Decorativas António Arroio e no Liceu Francês, e cedo abraçou a
escrita através do jornalismo e da literatura.
Como jornalista, trabalhou e colaborou em inúmeros títulos que fizeram a história da imprensa nas últimas
décadas: O Século, O Diário, Diário Popular, Diário de Notícias, Público, Jornal de Negócios, Correio da Manhã
ou Sábado.
A sua obra literária valeu-lhe vários prémios: o Prémio PEN Clube de Novelística (1988), o Prémio da Crítica
da Associação Portuguesa de Críticos Literários (2002) ou o Prémio Clube Literário do Porto (2006).
O jornalismo e a literatura foram sempre o espelho da sua qualidade de escrita e da sua militância cívica.
Esteve também profundamente ligado ao aparecimento do chamado ‘Novo Cinema Português’, participando,
designadamente, numa das suas obras fundadoras, Belarmino, de Fernando Lopes. Não era indiferente a nada
e ninguém lhe ficava indiferente.
Depois de ter sido despedido do jornal O Século, pelo seu envolvimento na campanha de Humberto Delgado,
foi despedido da RTP. Moreira Batista, então Secretário Nacional da Informação, terá dito, a propósito de
Baptista-Bastos, que se tratava de ‘um contumaz adversário do regime’. Uma frase que, vinda do interior daquele
regime, só honra a coragem cívica de Armando Baptista-Bastos.
Reunida em sessão plenária, a Assembleia da República assinala com tristeza o seu falecimento,
transmitindo o seu pesar à sua família e amigos.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Peço, agora, ao Sr. Secretário, Deputado Moisés Ferreira, o favor de proceder à leitura do voto n.º 304/XIII
(2.ª) — De pesar pela morte de 268 pessoas no Mediterrâneo e de condenação pela recusa de salvamento
urgente (BE).