O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

12 DE JUNHO DE 2017

33

Os trabalhadores e os portugueses que nos veem sabem que nós só conseguimos ter estes resultados

porque invertemos as políticas que os senhores queriam prosseguir para o País e que querem, aparentemente,

continuar a seguir.

Portanto, estou certo de que os portugueses querem continuar a seguir o rumo a que temos assistido ao

longo dos últimos 2 anos e não o rumo de comunicação política que os senhores querem fazer em torno desses

2 anos, e é por isso que o Partido Socialista hoje, nesta Câmara, vai chumbar o simulacro legislativo que o CDS

tentou fazer.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para fazer o encerramento deste ponto da nossa ordem de

trabalhos, tem a palavra o Sr. Deputado Filipe Anacoreta Correia, do CDS-PP.

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Chegámos ao fim deste

debate e importa relembrar o que estava e está em causa.

O CDS colocou, ao Parlamento e aos portugueses, várias perguntas. A primeira pergunta é a seguinte: é

possível a um trabalhador fazer uma pausa na sua carreira profissional para ganhar qualificações, para se

empenhar numa formação, num curso, e ter algum apoio financeiro para esse projeto? É possível? É possível

fazer isso e ter algum apoio financeiro sem que tal represente um peso demasiado para a segurança social e

sem que esta medida seja populista e inconsistente? É possível?

É possível apresentar uma medida destas e, simultaneamente, combater o desemprego? A um trabalhador

que empreenda este projeto de formação é dada a oportunidade de, simultaneamente, contratar um trabalhador

que está desempregado e a receber o subsídio de desemprego? É possível uma medida destas, combatendo o

desemprego, empreendendo formação e qualificação de trabalhadores, sem custo para a segurança social? É

possível, Srs. Deputados? Não olhem para o lado nem para baixo, pois esta é a pergunta que os portugueses

fazem: é possível?

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — Face a isto, o CDS responde: é possível, é desejável, é

necessário!

Mas se esta medida não for para a frente — como, ao que parece pelas intervenções que lamentavelmente

aqui ouvimos, não irá —, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido Socialista estão

contra isto, que muitos portugueses desejam e que poderiam alcançar e não alcançam, porque a esquerda, que

hoje é aqui claramente radical e insensível ao desejo dos trabalhadores, não quis dar seguimento a esta proposta

do CDS-PP.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — Os portugueses, que muitas vezes vão para casa e têm e-

mails e mensagens dos clientes e colaboradores da empresa e que, muitas vezes, têm dificuldade em desligar-

se da sua relação com o trabalho, perguntam se é possível ou não considerar na legislação laboral um direito a

estarem desligados. É possível e é desejável. O CDS apresentou propostas a pensar nestes portugueses, mas,

infelizmente, a esquerda, que hoje é aqui radical, não está disponível também para esta proposta.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Blá, blá, blá!…

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — É possível ou não encarar a renovação da concertação social,

promovendo o que foi acordado em 2014, fazendo uma avaliação que tem de ser boa face aos dados que

temos? É ou não possível?