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I SÉRIE — NÚMERO 104

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Esta reforma, com o cadastro simplificado e com o banco de terras, tem uma solução exequível para a

identificação dos proprietários florestais e para os terrenos sem dono conhecido, bem como para todos aqueles

proprietários que, não tendo vocação agrícola ou florestal, não querem — e bem — deixar os seus terrenos ao

abandono.

Sr.as e Srs. Deputados, o debate sério sobre a floresta, a análise exaustiva dos diplomas, o objetivo comum

e partilhado de urgência da reforma florestal e a implementação de políticas públicas de coesão territorial do

País visando a ocupação territorial são desígnios nacionais deste Governo.

Esta reforma é, na sua essência, uma urgência, apesar de não ter, como sabemos, impactos imediatos. É a

chamada «reforma de gerações».

Daqui a alguns anos, ninguém recordará os autores ou o contexto político, como se desenvolveu e quem

acolheu as propostas. Daqui a alguns anos, teremos, certamente, a certeza de que fizemos o trabalho que

tínhamos a obrigação de fazer.

O Governo fez o seu trabalho. Cabe-nos, agora, a todos os grupos parlamentares, sem exceção, o empenho

e o esforço de aproximação e de consensualização que o problema impõe e que o País nos exige: a aprovação

desta reforma.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado

Maurício Marques, do PSD.

O Sr. Maurício Marques (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª

Deputada Júlia Rodrigues, estamos na presença do Governo da propaganda e do «faz-de-conta». Se dúvidas

houvesse, foi bem patente na intervenção do seu colega de bancada Francisco Rocha, quando disse que

acrescentar duas siglas ao Ministério resolve o problema. Pois bem, o Governo não só acrescentou duas siglas,

como também acrescentou mais ministros, mais secretários de Estado, mais boys para todos os gabinetes e

não resolveu o problema. Sabe o que acrescentou? Instabilidade em todos os setores que são críticos!

O Sr. Fernando Rocha (PS): — Dê o seu contributo!

O Sr. Maurício Marques (PSD): — Sr.ª Deputada Júlia Rodrigues, queria colocar-lhe uma questão: se,

efetivamente, este é um problema que preocupa o Partido Socialista e o Governo, porque é que o Governo e o

Partido Socialista só se lembram da floresta quando ela arde?

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Maurício Marques (PSD): — Se dúvidas houvesse, a comprová-lo, foi justamente no incêndio do ano

passado, em que se registou uma das maiores áreas ardidas dos últimos tempos, que o Governo foi à Lousã

promover aquilo a que chamaram «reforma florestal» e foi neste ano, após os trágicos acontecimentos,…

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Maurício Marques (PSD): — … que a Sr.ª Deputada Júlia Rodrigues, no dia 19 de junho, repito, 19 de

junho — sabe-se lá porquê!? —, mandou um e-mail para a Comissão para debater este assunto, onde, devo

dizer, também foi acompanhada pela preocupação momentânea do Bloco de Esquerda, que também enviou um

e-mail no dia 21 de junho.

O Sr. Pedro Soares (BE): — O PSD nem manda e-mails!

O Sr. Maurício Marques (PSD): — Tenham vergonha, Srs. Deputados!

Aplausos do PSD.