1 DE JULHO DE 2017
51
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Quanto à questão há pouco em discussão, relativamente ao projeto de lei n.º 296/XIII (1.ª) (PAN), sobre se
a Comissão competente a que o diploma deve baixar para a discussão, na especialidade, é a 1.ª ou a 11.ª,
informam-me agora que, aquando do meu despacho para envio do projeto de lei, fi-lo para a 1.ª Comissão com
conexão à 11.ª Comissão, mas, depois, foi a 1.ª Comissão que pediu para que fosse discutido na 11.ª Comissão.
Portanto, para evitar repetirmos esta situação, não vale a pena mandar o diploma para a 1.ª Comissão para
depois esta certamente o remeter para a 11.ª Comissão, vamos enviá-lo diretamente para a 11.ª Comissão.
Srs. Deputados, chegámos, assim, ao fim dos nossos trabalhos de hoje. A próxima sessão plenária terá lugar
na próxima quarta-feira, dia 5, às 15 horas, tendo como ordem do dia o debate de um projeto de resolução,
apresentado pelo Bloco de Esquerda, que recomenda ao Governo que garanta a defesa do interesse público e
a segurança das populações, assumindo a gestão do SIRESP (Sistema Integrado das Redes de Emergência e
Segurança de Portugal).
Haverá eventual votação no final do debate.
Está encerrada a reunião.
Eram 13 horas e 19 minutos.
———
Declarações de voto enviadas à Mesa, para publicação
Relativa aos votos n.os 349 e 352/XIII (2.ª):
A ideia que alguns tentam propalar de que a saída do procedimento por défice excessivo afasta os
constrangimentos e condicionalismos impostos pela União Europeia é falsa. Na realidade, mesmo fora deste
procedimento o nosso País continua sujeito a variadíssimos constrangimentos e imposições da União Europeia
resultantes do Pacto de Estabilidade e Crescimento, da União Económica e Monetária, do Pacto Orçamental,
do Semestre Europeu, entre outros.
Que não haja dúvidas que as instituições da União Europeia continuarão a tentar impor ao nosso País
orientações contrárias ao interesse nacional e não hesitarão, tal como fizeram até agora, em recorrer a pressões,
à chantagem e à ingerência. Isso foi, aliás, notório nas declarações de vários responsáveis da União Europeia
que, logo após a confirmação da saída do procedimento por défice excessivo, começaram a invocar alegados
desequilíbrios macroeconómicos para tentar limitar e condicionar as opções soberanas do nosso País.
As restrições ao investimento público, as cativações orçamentais que agravam a afetação de financiamento
em áreas como a saúde, a educação, a cultura ou a modernização do sistema de transportes e a recusa em ir
mais longe na reposição de direitos e rendimentos é um resultado direto da aceitação, pelo Governo, dos
constrangimentos e imposições da União Europeia.
O que o País precisa é prosseguir e levar mais longe a reposição de direitos e rendimentos, com vista a
melhorar as condições de vida dos trabalhadores e do povo, caminho que é, aliás, imprescindível para assegurar
um crescimento económico sustentável e a criação de emprego.
A resposta aos problemas nacionais exige uma política capaz de vencer os défices estruturais da economia
portuguesa e de recuperar os instrumentos indispensáveis à sua soberania, política essa inseparável da rutura
com os interesses do capital monopolista e com a submissão aos ditames da União Europeia.
Pelo exposto, o Grupo Parlamentar do PCP votou contra os dois votos referidos em epígrafe.
O Deputado do Grupo Parlamentar do PCP, Paulo Sá.
———