13 DE JULHO DE 2017
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fosse Primeiro-Ministro, fazia o quê? Aumentava mais? Era isso? Se fosse, diga, mas está ao contrário daquilo
que sempre defendeu.
Na educação, será que com o dinheiro nas escolas privadas retiravam recursos à escola pública? A escola
pública estava melhor ou pior? E sem os professores que o atual Governo contratou, a escola pública estava
melhor ou estava pior?
Protestos do PSD.
E o Sr. Deputado o que é que tinha proposto? Era isto? Não, era o seu contrário, puro oportunismo.
Sr. Deputado, todos os portugueses, inclusive o Sr. Deputado, se lembram daquilo que fez, daquilo que
defendeu e daquilo que propôs e lembram-se, também, daquilo que disse que ia acontecer ao País quando este
Governo entrou em funções.
O Sr. Deputado tem a oportunidade de reconhecer que tudo o que disse, em 2016, não se concretizou. Tem
aqui, também, a oportunidade de dizer que se converteu e que agora defende aumentos da despesa pública,
mas diga isso claramente, Sr. Deputado. Diga que defende aumentos ainda maiores na despesa em saúde, na
educação e em todas as áreas, que aumentaram em relação ao seu Governo, porque aquilo que as cativações
fizeram, Sr. Deputado, não foi nenhum corte!
Risos e protestos do PSD.
Não, não foi nenhum corte! A despesa aumentou e as cativações o que fizeram foi regular o crescimento da
despesa, Sr. Deputado, repito, o crescimento, não os cortes na despesa que não existiram.
Se é isso que o Sr. Deputado agora defende, diga, não há nenhum problema em mudar de posição. O Sr.
Deputado tem de fazer aqui uma coisa que ainda não fez, que é reconhecer que, de facto, mudou de posição,
que estava errado e que agora defende uma política que nunca defendeu.
Se fizer isso, Sr. Deputado, pode ter a certeza que o levaremos a sério. Até que isso aconteça, lamento, mas
não acontecerá!
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Passos Coelho.
O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Galamba, eu tenho tido uma
intervenção muito coerente e a sua diatribe oratória revela apenas que ou não se lembra ou não leu a minha
intervenção no debate sobre o estado da Nação em 2016.
Se tivesse ouvido a minha intervenção, se se recordasse, ou se a tivesse lido, perceberia que ela está
exatamente de acordo com aquilo que hoje referi.
Mais, Sr. Deputado: eu também disse que estávamos a perder oportunidades, a perder a tempo e, nessa
medida, a criar dificuldades à própria execução do Orçamento, que não se antevia como poderia ser realizado
de acordo com as intenções do Governo.
O Sr. HugoLopesSoares (PSD): — Tal e qual!
O Sr. PedroPassosCoelho (PSD): — Agora que dispomos dos números — e não são opiniões — podemos
ir factualmente ver os números que resultaram da execução orçamental do Governo e que podemos, portanto,
desapaixonadamente, olhar para eles, acho que quem fica um pouco embaraçado é o Sr. Deputado.
O Sr. JoãoGalamba (PS): — Eu não, Sr. Deputado! Até estou divertido!
O Sr. PedroPassosCoelho (PSD): — O Sr. Deputado aprovou o orçamento que prometia reconciliar os
objetivos orçamentais com o aumento da despesa.