25 DE OUTUBRO DE 2017
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Dois, redefinir a missão e estatuto dos bombeiros, no sentido de existir um corpo profissional de cobertura
nacional.
Três, atribuir à Força Aérea a gestão, operação e manutenção dos meios aéreos e reativar o programa de
aquisição de meios aéreos anfíbios de asa fixa, tal como, aliás, tinha sido proposto pelo Parlamento e iniciado
pelo Governo anterior.
Quatro, ainda no que diz respeito ao papel das Forças Armadas, criar uma unidade especial formada e
equipada para as missões de proteção civil.
Cinco, investir em meios humanos e tecnológicos para termos uma nova rede de postos de vigia.
Seis, profissionalizar as equipas de combate a incêndios das associações de bombeiros, de forma a que
estejam operacionais ao longo de todo o ano.
Sete, ainda relativamente aos bombeiros, propomos criar um novo programa de aquisição de equipamentos
de proteção individual e de recuperação e aquisição de viaturas operacionais, permitindo a substituição daqueles
que foram adquiridos em 2014 e em 2015, quando terminar o seu tempo de vida útil.
Ao nível da promoção e requalificação do território, propõe:
Oito, apoiar os proprietários para uma maior intervenção na floresta, através da introdução de benefícios
fiscais e de um prémio de perda de rendimento a quem planta espécies com menor rentabilidade no curto prazo.
Nove, criar um programa de apoio permita a remuneração das mais-valias que o mundo rural presta ao País
e que promova uma gestão correta do sobcoberto.
Dez, reforçar e capacitar as equipas de sapadores florestais com uma maior articulação com o comando
operacional.
Onze, garantir a realização das faixas de gestão de combustível e da rede divisional nos termos exatos
propostos pela Comissão Técnica Independente.
Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, tão importante como o reforço de meios é a aposta na organização
e gestão dos instrumentos que temos ao nosso dispor e, a este nível, o CDS propõe:
Doze, reformar o modelo orgânico da Autoridade Nacional de Proteção Civil, separando a função de comando
da função de coordenação.
Treze, garantir a seleção por concurso dos responsáveis, com recurso a entidades externas ao próprio
Governo.
Catorze, recuperar o modelo das zonas operacionais entre o nível distrital e o nível municipal, bem como
reativar o modelo de resposta operacional supradistrital anteriormente assegurada pelos comandantes de
agrupamento de distritos.
Quinze, avaliar o modelo de formação da Escola Nacional de Bombeiros.
Dezasseis, valorizar o investimento no pré-posicionamento de meios, como forma de garantir a eficácia do
ataque inicial, independentemente do calendário.
Dezassete, mitigar os riscos existentes nas áreas de ligação urbano-florestal.
Dezoito, garantir a existência de um plano anual de fogo controlado realizado por técnicos credenciados e a
diversificação e compartimentação das manchas florestais.
Dezanove, criar o laboratório colaborativo, tal como foi sugerido, e bem, pela Comissão Técnica
Independente.
Vinte, garantir o aviso às populações quando há incêndios, envolvendo a comunicação social e as empresas
de comunicação móvel.
Vinte e um, financiar fortes campanhas de sensibilização para as atividades de risco em articulação com as
autoridades, as autarquias locais, as instituições sociais, a sociedade civil e a comunicação social, bem como
uma ampla campanha de divulgação dos períodos mais críticos.
Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Com a apresentação desta moção cumprimos dois objetivos que os
portugueses de nós exigiam: primeiro, censurar quem falhou; e, segundo, trabalhar para que não voltem a ser
cometidos os mesmos erros.
Se o Governo que falhou se mantiver em funções, essa é uma opção e uma responsabilidade do Bloco de
Esquerda, do PCP e do Partido Socialista. Pela nossa parte, a opção é clara: tudo fazer para que haja uma
mudança efetiva, para que o Estado devolva a confiança aos portugueses e, acima de tudo, para que o Estado
não volte, mais uma vez, a falhar.