7 DE DEZEMBRO DE 2017
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alcançar, que é a União Económica e Monetária. Por isso, sempre dissemos que apoiamos todos estes
desenvolvimentos no quadro de uma reforma da União Económica e Monetária que a permita consolidar, de
forma a não ser um fator de divergência, mas de convergência no conjunto da União Europeia.
É por isso também que apoiamos a proclamação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais e entendemos que,
para além dos 20 princípios que enuncia, é necessário agora concretizar esses princípios em medidas e que
essas medidas têm de produzir resultados. Mas, para concretizar esses princípios em medidas, é necessário
passar do pilar a um plano de ação efetivo que contemple as medidas, o seu calendário e permita a sua devida
execução.
É assim que participaremos no processo europeu, mas sempre de uma forma construtiva e ativa, nunca
destrutiva ou passiva, porque não somos daqueles que quiseram, aliás, constitucionalizar na nossa própria
Constituição tratados orçamentais, que queremos discutir e que não queremos consolidar na ordem jurídica
através da sua constitucionalização.
Porque a Constituição, sim, é um tabu.
O Sr. Miguel Morgado (PSD): — A Constituição é um tabu?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — É o tabu da norma suprema que se deve sobrepor a todas as outras normas de
acordo com a hierarquia das nossas fontes de direito.
Aquilo que queremos fazer é participar ativamente para podermos ter uma melhor União Económica e
Monetária que seja uma base sólida que permita o desenvolvimento da União Europeia, designadamente
através da sua Cooperação Estruturada Permanente.
Aplausos do PS.
O Sr. Miguel Morgado (PSD): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente: — Para que efeito, Sr. Deputado?
O Sr. Miguel Morgado (PSD): — Sr. Presidente, é para fazer uma interpelação à Mesa sobre a condução
dos trabalhos.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. Miguel Morgado (PSD): — Sr. Presidente, queria pedir à Mesa que distribuísse a ata da última reunião
entre o Ministro dos Negócios Estrangeiros e o Ministro da Defesa Nacional, em que este último se
comprometeu, perante os Deputados que representavam os partidos, a divulgar — e foi iniciativa dele — o plano
de implementação nacional.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço-lhe que faça chegar à Mesa essa ata para que possa ser distribuída,
ou então faremos tudo para a encontrar. Não sei é se será tão rápido.
Srs. Deputados, vamos passar ao terceiro e último ponto da nossa agenda de hoje, que consta da discussão
conjunta dos projetos de resolução n.os 1119/XIII (3.ª) — Recomenda ao Governo que, no quadro da União
Europeia, integre a Cooperação Estruturada Permanente no domínio da segurança e defesa (PS), 1121/XIII (3.ª)
— Cooperação Estruturada Permanente em matéria de segurança e defesa (PSD), 1125/XIII (3.ª) — Pela
rejeição da entrada de Portugal na Cooperação Estruturada Permanente (BE), 1130/XIII (3.ª) — Rejeita a
associação de Portugal ao Mecanismo Europeu de Cooperação Estruturada Permanente (PCP), 1133/XIII (3.ª)
— Recomenda ao Governo a defesa do interesse nacional no quadro da participação do Estado português na
Cooperação Estruturada Permanente (CDS-PP) e 1163/XIII (3.ª) — Pela não adesão de Portugal à Cooperação
Estruturada Permanente (Os Verdes).
Evidentemente, estes projetos de resolução são diferentes uns dos outros, tanto no essencial como no
acessório, e espero que na apresentação dos respetivos projetos os grupos parlamentares identifiquem essas
diferenças.