23 DE FEVEREIRO DE 2018
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Em segundo lugar, têm razão, houve uma degradação do parque de viaturas durante os anos em que houve
um governo que foi apoiado pelo Sr. Deputado Telmo Correia. Foi possível lançar em novembro, pela primeira
vez, um concurso plurianual, 2018-2021, para aquisição de viaturas para as forças e serviços de segurança.
Novamente, se não fosse a lei de programação e se não fosse a aprovação pela Assembleia da República do
Orçamento do Estado para 2018 não teria sido possível fazê-lo. O que é que isto significa? Significa que, neste
momento, tendo o concurso sido lançado apenas em novembro, está já decidida a adjudicação de 250 viaturas,
adjudicação essa que começará a ser concretizada no 2.º semestre deste ano. Para 2018, teremos mais de 500
viaturas atribuídas às forças e serviços de segurança.
Quanto a investimentos em equipamentos, também aqui a diferença é radical. Como não tenho tempo, irei
pedir a distribuição de uma informação que nos permite dar nota, detalhadamente, sobre as 16 empreitadas
concluídas, já aplicando a lei de programação, as 8 que estão a decorrer, as 21 que se encontram em fase de
lançamento, as 24 em que o projeto de execução está já lançado e aquelas em que o projeto de execução está
em curso. É relativamente a essa área que também poderemos dizer: «Vamos multiplicar por cinco o
investimento nessa área».
Sim, Sr. Deputado Marques Guedes, iremos cumprir o que está na orientação do Governo para a Autoridade
Nacional da Proteção Civil, com os seus cargos dirigentes definidos por concurso.
Com segurança e confiança iremos aplicar o Orçamento do Estado, desbloqueando as carreiras, permitindo
que em março já cerca de 6000 homens possam progredir, que as promoções sejam realizadas, e iniciando, na
primeira semana de março, o diálogo com as associações sindicais sobre o artigo 19.º. É este o nosso
compromisso, é isto que iremos fazer.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.
O Sr. António Filipe (PCP) — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Neste
minuto que ainda me resta no debate quero referir dois pontos.
O primeiro é que, efetivamente, na intervenção do Sr. Ministro faltou algo relativamente ao problema das
progressões das carreiras dos profissionais das forças e serviços de segurança, e esta questão é relevante.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Era só o tema do debate!
O Sr. António Filipe (PCP) — Mas há uma outra questão que aqui foi trazida pelos Srs. Deputados Telmo
Correia e Luís Marques Guedes, que diz respeito estritamente à Assembleia da República e que tem a ver com
a discussão na especialidade da chamada «lei sindical» para a PSP.
Ora bem, a questão, pelo menos pela interpretação que fazemos, é que essa discussão na especialidade
ainda só não ocorreu porque, sendo uma lei que carece de uma maioria qualificada de dois terços, a posição
que o PSD venha a assumir é, evidentemente, decisiva. Portanto, é extraordinário que o Sr. Deputado Marques
Guedes, que, pertencendo ao Grupo Parlamentar, tem a palavra decisiva sobre esta matéria, venha aqui
perguntar, ainda por cima ao Governo, candidamente: «Então, e a lei sindical?».
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — A proposta é do Governo!
O Sr. António Filipe (PCP) — Bom, a sugestão que aqui fazemos é a seguinte: já que existe um consenso
tão grande quanto à necessidade de discutir na especialidade esta iniciativa, creio que haverá consenso para
que ela seja prontamente agendada na especialidade para que cada grupo parlamentar assuma as suas
responsabilidades na matéria.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Ministro da Administração Interna, Eduardo
Cabrita.