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I SÉRIE — NÚMERO 52

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A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, muito rapidamente, e em primeiro lugar,

queria dizer-lhe que cuido da sua saúde e não o amputei! No mínimo, o que lhe posso dizer é que é grave, muito

grave mesmo — e os portugueses registarão — que o Ministro da Saúde tenha vindo, hoje, aqui dizer que, de

facto, não assume responsabilidades!

Sr. Ministro, não é só uma questão de cativações, é o senhor que está cativo do Ministro das Finanças! Já

não nos bastavam as cativações, é o senhor que está cativo do Ministro das Finanças, como, aliás, desde há

dois anos lhe vimos dizendo!

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Portanto, Sr. Ministro, assuma as suas responsabilidades, não se

respalde por detrás do Ministro das Finanças, porque, de facto, os resultados estão à vista. Os resultados estão

à vista!

Tal como comecei por lhe dizer, o senhor pode vir aqui elencar números, fazer exercícios de retórica, mas a

retórica não cola com a realidade. Ainda ontem, os profissionais de saúde nos vieram dizer que o Serviço

Nacional de Saúde está pior do que nunca.

Sr. Ministro, ouça os profissionais de saúde se não quer ouvir o que lhe diz este Parlamento!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro.

O Sr. Ministro da Saúde: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, creio que me terá interpretado mal, porque aquilo

que a sua intervenção revela é que confundiu solidariedade governativa e coesão do Governo com assunção

de responsabilidades.

É evidente que quem está aqui hoje é o Ministro da Saúde e, perante o Parlamento, o Ministro da Saúde

assume as responsabilidades pela política setorial.

Vozes do CDS-PP: — Não, não!

O Sr. Ministro da Saúde: — O que não aceitamos de forma nenhuma é esse exercício de tentar dizer, como

agora a Sr.ª Deputada disse com alguma graça, que estamos cativos uns dos outros. Ó Sr.ª Deputada, nós

estamos cativos do interesse público e de transformar o País em algo diferente daquilo que V. Ex.ª deixou.

Aplausos do PS.

Protestos do Deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.

E sabe porquê, Sr.ª Deputada? Primeiro, porque a senhora sabe que, legalmente, não há cativações na

saúde e, portanto, esse é um exercício de retórica. Depois, essa mistura que a senhora fez de retórica com a

realidade é que, sinceramente, não percebi. Eu elenco-lhe um conjunto de factos, a senhora nega os factos e o

que conta é a agenda reivindicativa das pessoas que vêm falar consigo!

Nós temos bem presente a legitimidade da agenda reivindicativa. Nós compreendemos bem que os

profissionais têm de ser ouvidos e que temos de fazer muito mais por eles. Mas confundir isso com a realidade

é uma coisa que, efetivamente, me parece muito pouco adequada.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — É a vez do Grupo Parlamentar do PCP colocar questões ao Sr. Ministro.

Para o efeito, tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Santos.