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I SÉRIE — NÚMERO 60

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O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Negrão, não tenho dito que temos vivido

a melhor conjuntura; tenho dito que temos obtido os melhores resultados da economia e das finanças públicas

portuguesas da última década e desde o início da nossa democracia.

Aplausos do PS.

E temos conseguido fazê-lo não cortando salários ou pensões, mas repondo salários e pensões, não

aumentando impostos, mas baixando impostos, não desinvestindo na escola púbica ou no Serviço Nacional de

Saúde, mas aumentando o investimento na escola pública e o investimento no Serviço Nacional de Saúde.

Protestos do PSD.

Os seus companheiros, provavelmente, não o deixarão ouvir as minhas palavras, mas poderá lê-las, depois,

no Diário da Assembleia da República.

Aplausos do PS.

A despesa pública da saúde aumentou 5% no ano passado relativamente a 2015.

Protestos do PSD.

E mais: os resultados de produção do Serviço Nacional de Saúde aumentaram significativamente. Tivemos,

no ano passado, mais 18 579 intervenções cirúrgicas do que em 2015; tivemos mais 301 509 consultas do que

em 2015. Ou seja, investimos mais, temos mais pessoal e o Serviço Nacional de Saúde está a produzir mais do

que produzia em 2015.

Aplausos do PS.

É por isso que, num estudo da Universidade Nova sobre o nosso sistema de saúde, aquilo que se deteta é

que a qualidade dos serviços melhorou para 73,8%, em 2017, quando era de 65%, em 2015!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Isso é nos privados!

O Sr. Primeiro-Ministro: — E é também por isso que quando se olha para o índice europeu da qualidade da

saúde se verifica que Portugal subiu da 20.ª posição, em 2015, para a 14.ª posição, em 2017.

Aplausos do PS.

O que é que isto significa, Sr. Deputado? Significa que estamos no caminho certo, e é nesse caminho que

temos de prosseguir para continuar a melhorar o que se estragou durante os anos anteriores.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem de novo a palavra o Sr. Deputado Fernando Negrão.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, não posso deixar de lhe dizer que esses dados,

obviamente, não correspondem à verdade.

Se compararmos o investimento de 2015 com o de 2017, vemos que há uma diminuição, em 2017, de 25%

no investimento na área da saúde. Há, de facto, uma diminuição.

Aplausos do PSD.