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22 DE MARÇO DE 2018

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O Sr. Ascenso Simões (PS): — … e verificar a oposição deste Governo a esse tempo, dando o crédito que

este Governo merece, porque há, na defesa, uma política e um protagonismo que são muito diferentes dos

daquele Governo que o senhor apoiou.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para responder a estes dois pedidos de

esclarecimento, o Sr. Deputado João Rebelo.

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, agradeço as perguntas.

Não, Sr. Deputado Ascenso Simões, não sou nenhum marechal de campo.

Sr. Deputado Pedro Roque, agradeço a sua observação sobre Tancos. De facto, infelizmente é isso que

parece. E agradeço a excelente pergunta que colocou sobre a questão dos meios humanos, dos efetivos que

as Forças Armadas têm neste momento para as novas missões que foram entregues quer à força aérea, quer

ao exército no combate às calamidades, nomeadamente aos incêndios.

De facto, Sr. Deputado, quando vemos que os números de efetivos são tão diminutos, quando as missões

são as mesmas, quando as presenças de Portugal, com forças nacionais destacadas, são variadíssimas,

quando as missões internas são as mesmas — busca e salvamento, garantia da soberania nacional e outras —

e ainda acrescentamos essas valências na Força Aérea e no Exército, devemos questionar, realmente, se os

efetivos são suficientes.

Em segundo lugar, além da questão de serem suficientes, devemos questionar se, de facto, essas novas

missões vão permitir que as outras se cumpram exatamente como estão a ser cumpridas neste momento. Essa

questão deve ser colocada.

A tal carta, aquele memorando dos chefes militares ao Ministro da Defesa alertava exatamente para esse

aspeto. Os reforços de meios humanos que foram utilizados pelos governos para essas missões eram

manifestamente insuficientes. Manifestamente insuficientes, Sr. Deputado Ascenso Simões! E, Sr. Deputado,

vou responder às perguntas que colocou.

O Sr. Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas — não podemos estar aqui a revelar muito, já

que foi uma sessão fechada, mas o Sr. Deputado abriu o jogo — não disse que era contra a palavra «iniquidade»,

disse que, se fosse agora, não a teria escrito. Mas está lá escrito! Ele assinou isso.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Ora!

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Claro que, como estava de despedida, não lhe convinha muito estar ali a

abrir um conflito com o Governo.

Por outro lado — tenho aqui reproduzidas todas as suas declarações —, ele disse que os efetivos eram os

mais baixos de sempre, que era um problema, que as missões podiam ter dificuldades em serem cumpridas,

falou de riscos não negligenciáveis, Sr. Deputado! Quando ouço alguém dizer que a falta de meios humanos e

a falta de equipamento são riscos negligenciáveis para o cumprimento das missões, acho que é grave, Sr.

Deputado. E o senhor, que é Deputado, que é conhecedor destas matérias e já foi membro de um governo sabe

que, quando se é informado desta situação, estamos perante factos que são problemáticos.

Sr. Deputado, claro que esta interpretação é minha. O Sr. Deputado não estava à espera que viesse com a

interpretação do PS ou a interpretação do Governo. Era o que mais faltava que eu servisse para esse efeito!

Sr. Deputado, no meu discurso, estavam claramente patentes os argumentos que dei.

Mas deixo-lhe só dois dados, Sr. Deputado.

Neste momento, o orador exibiu um mapa.

De acordo com este mapa, que o senhor também conhece, os efetivos de que Portugal dispõe neste

momento nas Forças Armadas são 26 589. São os mais baixos de sempre!