7 DE JUNHO DE 2018
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A Comissão de Defesa tem a tradição de procurar consensos. Já o fez recentemente relativamente a uma
proposta do PCP sobre o EMFAR (Estatuto dos Militares das Forças Armadas) que baixou à Comissão, sem
votação, e, não sendo o que queria o PCP, foi, apesar de tudo, aprovado, por consenso, um conjunto de
alterações. Acho que isso é importante.
Os custos são essenciais. Neste momento, a Autoridade Marítima não tem os meios para corresponder ao
seu pedido por várias razões, nomeadamente financeiras e meios humanos. O Sr. Deputado Jorge Machado
sabe disse, porque fomos alertados para isso.
Finalmente, acho importantíssimo o que foi dito: sobre a vigilância das praias, temos de aumentar o número
de contribuintes, não só os concessionários — e esta proposta é boa, é aceitável —, mas também toda a outra
dinâmica económica que há à volta, como seja hotéis, etc.
As autarquias estão interessadas, com certeza, em ajudar, mas, quando aprovámos a alteração, em sede de
Comissão de Defesa, para que as piscinas municipais, bem como as dos hotéis, etc., fossem vigiadas, ou seja,
que tivessem um nadador-salvador…
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, agradecia que terminasse.
O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Vou terminar, Sr. Presidente.
quando aprovámos a alteração, em sede de Comissão de Defesa, a verdade é que a resposta foi muito
crítica, porque, diziam, não tinham meios e era uma despesa muito elevada que tinham de fazer.
Portanto, temos também de ter em conta sempre a questão financeira.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para responder aos dois Srs. Deputados, a Sr.ª
Deputada Heloísa Apolónia.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, agradeço aos Srs. Deputados do Bloco de Esquerda
e do CDS-PP as considerações e as questões que colocaram.
Em concreto, sobre o alargamento do período fixo, digamos assim, da época balnear, que Os Verdes
propõem que seja de 1 de abril a 30 de setembro, Srs. Deputados, Os Verdes estão plenamente dispostos a
discutir prazos adequados para o alargamento deste período.
O que nos moveu para puxar, digamos assim, o início da época balnear para 1 de abril foi a inegável maior
frequência das praias, ou pelo menos o início, por parte dos portugueses, por exemplo, em períodos de férias
da Páscoa, em que se verifica já uma grande afluência nas diversas praias do nosso País. De modo a abranger
essa maior afluência, considerámos que seria um prazo adequado.
Mas é evidente que estamos dispostos, em sede de especialidade, a discutir concretamente a maior
adequação do prazo de uma época balnear fixa, sem, repetindo o que disse há pouco, desconsiderar ou pôr em
causa, sequer, a hipótese de as câmaras municipais, de acordo com a realidade concreta do seu município,
poderem sugerir o alargamento do prazo para a época balnear.
A nós preocupa-nos também a questão dos comportamentos individuais e da segurança que cada pessoa
também deve ter numa lógica de autoproteção. Essa foi uma questão que Os Verdes também trouxeram como
proposta relativamente aos incêndios florestais.
É importante criar esta cultura da autoproteção, porque a nossa proteção individual é também a proteção do
coletivo, como é evidente. Portanto, a sociedade tem tudo a ganhar com isso. Daí que Os Verdes, no seu projeto,
apresentem uma proposta concreta relativamente à necessidade de formação, de sensibilização dos cidadãos
para não terem comportamentos de risco e para uma cultura efetiva de segurança.
Há uma coisa que nos preocupa, Sr. Deputado João Rebelo: a falta de dados disponibilizados aos cidadãos
— coloco a questão assim. Tem toda a razão relativamente a isso. Por exemplo, se quisermos conhecer
efetivamente os dados das mortes nas praias portuguesas em 2018, não é fácil aceder a eles, porque não estão
disponíveis.
Em relação à disponibilização de dados, como o Sr. Deputado bem dizia, concordo que sejam, até,
discriminadas as causas das mortes nas praias, já que algumas delas não são por afogamento — mas aqui