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21 DE JUNHO DE 2018

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Para formular perguntas, tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado Fernando Negrão, do Grupo

Parlamentar do PSD.

O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Sr. Presidente, cumprimento o Sr. Primeiro-Ministro, bem como os Srs.

Ministros e os Srs. Secretários de Estado que o acompanham.

Sr. Primeiro-Ministro, começo por expressar uma palavra de acompanhamento e de saudação do trabalho

que tem sido desempenhado pelo Parlamento Europeu. E porquê pelo Parlamento Europeu? Porque o

Parlamento Europeu tem sabido levar a cabo a política de coesão e de solidariedade, como é seu dever, na

Europa. E permita-me que saliente um Deputado, que é membro da Comissão de Orçamento e tem feito um

trabalho de defesa dos países que estão mais longe da média de crescimento da Europa.

Vozes do PS e do PCP: — Ah!

O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Esse Deputado chama-se José Manuel Fernandes.

Acho que estamos todos de acordo com isso.

Aplausos do PSD.

Sr. Primeiro-Ministro, gostaria de abordar um tema que normalmente não é referido quando se fala de fundos

comunitários e que tem a ver com os fundos comunitários relativos ao mar para 2021-2027.

Todos sabemos que a Comissão propõe que se inscreva para esse período uma dotação de mais de 6000

milhões de euros, para um fundo mais simples, mais flexível e mais dedicado à economia marítima. Ou seja,

são menos 500 milhões de euros em relação ao que recebeu o programa anterior, o que envolve uma perca de

2,7%.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Perca é um peixe!

O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Não sendo pouco, Sr. Primeiro-Ministro, é pouco. E é pouco, porque é

previsível que Portugal — e esta será uma decisão para breve, para 2020, da parte das Nações Unidas — veja

o seu território estendido até 4 milhões de quilómetros quadrados. Vai ser esta a amplitude do território nacional,

o que representa mais de 35% do atual território nacional.

Para além disso, vão aumentar as competências. As competências alargam-se para lá dos setores

tradicionais do mar, como é a pesca e a aquicultura, e vão para a biotecnologia, para as energias oceânicas,

para o turismo costeiro, para a governação dos oceanos, para a segurança, entre outros.

Sr. Primeiro-Ministro, este assunto é suficientemente importante para lhe fazer a seguinte pergunta: como é

que explica que, vendo o nosso território crescer desta forma, bem como as respetivas competências, tenham

diminuído as verbas correspondentes?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Negrão, estamos, neste momento, numa

fase em que o processo está ainda em negociação. O que conhecemos são as propostas da Comissão. No seu

conjunto, entre a proposta inicial e a proposta presente, houve uma evolução positiva mas que consideramos

insuficiente.

Por isso, temos de prosseguir o trabalho que temos vindo a desenvolver e, como temos feito, de um modo

articulado, designadamente com os nossos Deputados ao Parlamento Europeu. E não me custa nada

reconhecer o trabalho que tem vindo a ser desempenhado, enquanto relator, pelo Sr. Deputado José Manuel

Fernandes.

É importante que esta convergência nacional prossiga, porque estes fundos não são para o Governo, são

para o País.