O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 96

6

A Sr.ª MarisabelMoutela (PS): — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — E é essencial que Portugal possa ter na coesão, na agricultura, no mar, na

ciência, na defesa, e em todos os domínios, o maior volume possível de financiamento, visto que necessitamos

de aumentar o nosso investimento e somos altamente dependentes das transferências comunitárias para

realizar esse investimento. É por isso que é necessário prosseguir.

Relativamente a cada um dos fundos, devemos analisar e procurar a resposta mais adequada, de forma a

obtermos o melhor resultado possível. É essa a atitude do Governo e é, certamente, a atitude de todas as

bancadas nesta Assembleia da República.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem, novamente, a palavra, para formular perguntas adicionais, o Sr. Deputado

Fernando Negrão.

O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, não me respondeu, porque sabe

bem que a evolução não é positiva, a evolução é negativa. Quando perdemos dinheiro é porque a evolução é

negativa.

Nós queremos mais, até porque irá aumentar o nosso espaço territorial, bem como as nossas competências

de intervenção nesse espaço territorial.

O Sr. Primeiro-Ministro não me deu resposta, disse somente que há uma evolução positiva, quando a

evolução que sentimos é negativa.

Ainda relativamente a esta matéria, gostaria de dizer que se trata de uma área estratégica da nossa

economia, sobre a qual nós próprios dizemos muitas vezes que queremos ter uma posição liderante — e todos

os partidos o dizem —, o que implica avanços significativos, no âmbito dos quais teremos mais

responsabilidades e mais desafios.

Estes aspetos, Sr. Primeiro-Ministro, não foram ponderados na formulação das opções fundamentais do País

para efeitos de negociação e, por isso, não foram tidos em conta pelo Governo.

Pergunto-lhe, Sr. Primeiro-Ministro: por que razão o Governo não afirmou a sua posição de forma

devidamente fundamentada?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder, o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Negrão, parece que está convencido de

que as negociações já acabaram.

O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Não, não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — As negociações prosseguem, e prosseguirão, e vamos continuar a bater-nos

nelas.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Mas vão no mau caminho!

O Sr. Primeiro-Ministro: — E não vamos continuar a bater-nos só quanto aos fundos relativos ao mar.

Já referi aqui a política de coesão, a política agrícola, a necessidade de termos envelopes nacionais

indicativos para todas as políticas de gestão centralizada, como as políticas de ciência e de defesa, em que o

princípio da convergência também tem de estar presente.

Portanto, temos continuado a bater-nos pelo interesse nacional, como presumo que farão as Sr.as Deputadas

e os Srs. Deputados quando tiverem ocasião de intervir sobre esta matéria.