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21 DE JUNHO DE 2018

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É nesse sentido que lhe digo que a evolução é positiva, porque, como sabe, na política de coesão, a primeira

perspetiva era a de um corte de 30%; o primeiro documento apresentado pela Comissão propunha um corte de

15%; neste momento, é proposto um corte de 7%, já abaixo da média de redução de 10% na política de coesão.

E, ainda assim, continuamos a dizer que o resultado é insuficiente e que temos de nos bater para continuar a

melhorar as condições que temos, de modo a maximizar a obtenção de fundos comunitários.

É isso que vamos fazer relativamente à coesão, à política agrícola, à política de defesa e à política de ciência

e é também o que iremos continuar a fazer quanto à política do mar. Ponto final.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Faça favor de prosseguir no uso da palavra, Sr. Deputado Fernando Negrão.

O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, não é ponto final.

Risos do PSD.

Terminou a sua intervenção dizendo «ponto final», mas não é um ponto final, porque vamos continuar a

discutir esta matéria.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É um mau ponto de partida!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, há um acordo firmado entre o PSD e o PS no âmbito

desta matéria, mas esse acordo não implica que haja a passagem de um cheque em branco, do PSD ao PS,

para estas matérias.

Vozes do PS: — Ah!

O Sr. FernandoNegrão (PSD): — O que é um facto é que o corte continua a existir e é substancial, pelo

que temos de ver da sua parte, Sr. Primeiro-Ministro, uma determinação maior para que esse corte deixe de

existir. Daí esta nossa posição e estes nossos alertas.

O Sr. AdãoSilva (PSD): — Muito bem!

O Sr. FernandoNegrão (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, a política de coesão, que é fundamental e constitui

a principal política de investimento, crescimento e desenvolvimento da União Europeia, é também uma das mais

visíveis, porque aproxima a Europa dos cidadãos e tem a componente solidária, que é fundamental para um

crescimento harmonioso da União Europeia. No entanto, estamos a assistir à sua desvalorização, devido às

políticas introduzidas pela Comissão e a esta mudança de critérios na aplicação das verbas, principalmente

pondo em causa o princípio da solidariedade, que é fundamental para o equilíbrio na Europa e para o equilíbrio

sustentável no desenvolvimento da Europa.

Pergunto-lhe, Sr. Primeiro-Ministro: é possível construir a Europa do futuro estragando o que de bom a

Europa já provou ter no passado?!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Negrão, sei que trazia a pergunta já feita,

mas vou reler uma passagem que li há pouco, na minha intervenção, e que não deverá ter ouvido.

Passo, então, a reler essa passagem: «(…) mas se queremos responder bem aos novos desafios devemos

começar por não sacrificar o que já provámos fazer bem, como a política de coesão e a política agrícola comum.

Além do mais, porque estas políticas (…) também contribuem para enfrentar os desafios do futuro. Por exemplo,