30 DE JUNHO DE 2018
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Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Para formular pedidos de esclarecimento, tem a palavra a Sr.ª Deputada Nilza Sena.
A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, fez aqui uma intervenção inicial de generalidades,
banalidades e abstrações.
O Sr. Duarte Marques (PSD): — Muito bem!
Protestos do Deputado do PS Porfírio Silva.
A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Aliás, andou perdido nas suas redundâncias, num labirinto retórico, mas não
respondeu a rigorosamente nada!
A Sr.ª Elza Pais (PS): — Não era para responder, era para expor.
A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Venha a debate, Sr. Ministro! Vamos falar de precariedade, que é disso que
se trata.
Sr. Ministro, há uma lei aprovada — não está em discussão, está aprovada — e há a prática, que contorna
a lei. Porque é que há instituições a contornar a lei, Sr. Ministro? Porquê? É que o Governo comprometeu-se a
transferir verbas para as instituições de ensino superior poderem cumprir a lei e, até agora, Sr. Ministro, zero!
Zero de compromisso, zero de cumprimento das suas propostas! A própria FCT, Sr. Ministro, também diz que o
emprego científico é fundamental, aliás, a única bandeira do Sr. Ministro. E o que é que faz a FCT, Sr. Ministro?
Não cumpre a lei do emprego científico. Não abre, sequer, concursos nos seus próprios quadros!
Veja, Sr. Ministro, estes títulos.
Neste momento, a oradora exibiu uma notícia de jornal.
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (Pedro Nuno Santos): — Não dá para ler daqui!
A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Os títulos são: FCT fecha a porta a pagamento de retroativos a bolseiros;
Doutorados exigem cumprimento da lei e já há queixas no Provedor de Justiça.
Sr. Ministro, isto não é precariedade?! Se não é precariedade, o que é?
Mais, Sr. Ministro: como é que está a situação dos precários na função pública?
O Sr. Ministro tem feito como o seu colega de Governo. O Sr. Ministro das Finanças recusa-se a responder
a esta pergunta. O Sr. Ministro também não responde a esta pergunta. Mas a verdade é esta: prometeram, em
2016, criaram expectativas, foram enganando as pessoas. Portanto, pergunto, Sr. Ministro: quantos precários já
foram integrados pelo Estado?
Sr. Ministro, digo-lhe: nenhum! Zero, Sr. Ministro!
Explique agora, a esta Câmara, o seguinte: há quase mais 20 000 contratos a prazo, no Estado — são dados
da Síntese Estatística do Emprego Público —, os verdadeiros precários. Quando é que os integram, Sr. Ministro?
Vou deixar-lhe duas ou três perguntas, para concluir.
Protestos da Deputada do BE Isabel Pires.
Quantos precários é que entraram até 2015 e quantos precários é que entraram depois de 2015?
Sr. Ministro, tem 55 milhões no Orçamento do Estado para emprego científico. Não gastou um cêntimo, Sr.
Ministro!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — Está a brincar, não está?!