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27 DE SETEMBRO DE 2018

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Esta é a linha que temos seguido e que iremos seguramente prosseguir.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — É agora a vez do Grupo Parlamentar do CDS-PP.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas para formular perguntas.

Sr. Deputado Fernando Negrão, no fim do debate poderá fazer uma defesa da honra, se assim o entender.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Presidente…

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, eu disse que poderia usar da palavra no fim do debate.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Peço desculpa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, passaram-se mais de três

meses do nosso último debate quinzenal, mais de três meses do debate do Estado da nação.

Tivemos um verão com muitas questões, muitas delas levantadas pelo CDS. Continuámos a assistir ao caos

na saúde, nos transportes — enfim, para os que usam comboios prioritários não é exatamente assim, mas para

o comum dos portugueses será! —,…

Protestos do PS.

… continuámos a observar um Governo sem palavra em muitas matérias e de olhos fechados para aquilo

que se passa à sua volta, continuámos a observar um Governo que nunca tem nada a ver com assuntos

incómodos sobre os quais nunca tem responsabilidades e que, quando o cerco aperta em relação a alguns

assuntos, então, remete para outras instâncias decidirem.

Sr. Primeiro-Ministro, gostava de concretizar com exemplos claros para não ficarmos só na teoria geral.

No dia 6 de dezembro de 2017, já aqui foi referido, o Sr. Primeiro-Ministro disse várias coisas, que, aliás, já

citou, e uma delas foi esta: «Vou repetir uma quinta vez: a decisão do Governo é que o Infarmed vai para o

Porto. Está agora claro?».

Acho que, depois de hoje, ficou claro e cristalino como a água que o Sr. Primeiro-Ministro, quando disse isto,

não tinha a decisão estudada, não tinha a decisão preparada, não tinha assumido todos os contornos, mas,

ainda assim, insistia.

Hoje, ficou claro, Sr. Primeiro-Ministro, que, de facto, a palavra que dá em dada altura vale pouco e também

ficou claro que a revogou aqui de forma bastante transparente, assumindo, nas suas palavras, com humildade,

que errou.

Mas há outros assuntos sobre os quais gostava também de ouvir a sua posição. Por exemplo, em relação

ao hospital de Gaia, ouvimos promessas e palavras em relação às condições desse hospital. Passaram-se

muitos meses e as promessas não foram cumpridas. Toda a direção clínica se demitiu. O que é que o Governo

tem a dizer em relação a essas palavras que incumpriu?

O que é que tem a dizer em relação ao Hospital de São João, também já aqui referido? Como é que podemos

confiar na palavra de que é agora que este projeto vai por diante?

Como é que confiamos numa palavra sobre a importância dos cuidados paliativos, quando, na verdade, o

que o seu Governo acabou de fazer foi, através de uma portaria, revogar o acesso dos doentes paliativos aos

cuidados continuados que, como sabemos, eram, ainda assim, um apoio enquanto a rede de paliativos não

cresce como é devido e como está prometido?

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!