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27 DE SETEMBRO DE 2018

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Chegámos aqui, disse o Sr. Primeiro-Ministro, depois de muitos dizerem que não chegaríamos. E chegámos

aqui, apesar das lágrimas de crocodilo que hoje ouvimos, da parte de membros que sustentaram um Governo

de direita, um Governo que trouxe ao País uma realidade que aumentou a pobreza, diminuiu a convergência de

Portugal com a União Europeia, trouxe empobrecimento aos portugueses. Os portugueses têm memória…

A Sr.ª Ilda Araújo Novo (CDS-PP): — É memória, é!

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Da cela do 44?!

A Sr.ª Jamila Madeira (PS): — … e essa memória é algo que devemos sempre sublinhar, porque a memória

fará com que continuemos o nosso trabalho.

Hoje, Portugal cresce,…

Aplausos do PS.

… e cresce desde 2016, ao contrário do que têm dito, em convergência com a zona euro. Portugal cresce e

os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) dizem que é assim, com uma revisão em alta. Mas

cresceu em 2016, em 2017 e no primeiro semestre de 2018.

Esse resultado foi possível com o Governo e com o empenho dos portugueses, com todo o esforço e

empenho para recuperar o rumo do País e o investimento necessário para resolver os problemas dos

portugueses.

Por tudo isso, o Governo e os portugueses estão de parabéns, apesar da narrativa de hoje e da narrativa

destes dois últimos anos e meio, durante os quais disseram que, em 2016, o País cresceu menos do que em

2015. Os últimos números do INE dizem precisamente o contrário e, por isso, devemos, mais uma vez, sublinhar

que, hoje, estamos melhor, Portugal está melhor e continuaremos a trabalhar para que fique ainda melhor.

Também queria dizer-vos que, em 2017, foi demonstrado que é possível crescer. Crescemos 2,8% — o maior

crescimento dos últimos 17 anos —, algo que nunca tinha sido possível.

Mas estes impulsos de crescimento e de convergência foram alcançados com rigor orçamental, com controlo

das contas públicas e também, e por isso mesmo, com um défice de 0,9% em 2017, estando o défice de 2018

em linha com a previsão do Governo.

Em suma, uma vez mais, é importante sublinhar que a direita muitas vezes esquece, mas os portugueses

não se esquecem, os portugueses sentem, no seu dia a dia, a devolução dos rendimentos, o crescimento do

emprego, a retoma da confiança. E tudo isto com boas contas públicas, com credibilidade nacional e

internacional e nunca deixando de investir na Administração Pública e no Estado social. Em concreto, e também

já aqui se falou, com o reforço de mais 700 milhões de euros no Serviço Nacional de Saúde (SNS), garantindo,

com isso, a dignidade deste serviço aos portugueses que, durante todo o Governo de direita, foi sendo

paulatinamente retirada. Muito ainda está por fazer? Sim, muito ainda está por fazer, mas estamos no bom

caminho.

Sr. Primeiro-Ministro, amanhã celebra-se o Dia Mundial do Turismo e o turismo tem dado, desde há décadas,

um importante contributo líquido para o desenvolvimento do nosso País. Eu, em particular, venho de uma região

onde isso é sobremaneira emblemático.

Hoje, Portugal está na moda e, por isso, o turismo é a indústria da moda, contribuindo para o eclodir de novos

negócios e o seu desenvolvimento em todos os cantos do País, de norte a sul. O desenvolvimento do turismo é

algo muito relevante e as receitas turísticas representam já cerca de 7,8% do PIB.

Já o crescimento do número de turistas representa, até julho, 1,6% de hóspedes, mas o crescimento da

receita turística representa 12,9%, o que permite, assim, dizer que está a mudar o perfil do nosso turista.

Ainda assim, sabemos que o crescimento do turismo tem um forte impacto nas importações de bens e

serviços, levando a uma erosão da nossa balança externa.

Muitas atividades poderiam e deveriam ser desenvolvidas no sentido de substituir muitas importações,

diferenciando ainda mais o nosso produto turístico.

Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, gostaria de saber, para um setor que tão significativamente tem contribuído

para o crescimento económico e para o emprego, como é que o Sr. Primeiro-Ministro vê que pode continuar, no