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I SÉRIE — NÚMERO 19

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Contudo, neste Orçamento do Estado, o Governo teve a audácia de seguir a proposta que foi apresentada pela

Juventude Socialista no último congresso do Partido Socialista no sentido de diminuir a propina para o valor de

dois indexantes de apoios sociais, o que se traduz numa diminuição de mais de 200 € anuais.

Aplausos do PS.

São 200 € que farão a diferença nos bolsos das famílias de todos os estudantes, mas que serão ainda mais

sentidos nas famílias com menos rendimentos, que todos os meses fazem um esforço acrescido para que os

seus mais jovens elementos possam prosseguir os seus estudos.

Estamos, assim, mais próximos de um sistema de ensino sem custos, democratizado e acessível a todos,

mas estamos também mais próximos do ideal de um sistema educativo constitucionalmente previsto em que

ninguém fica para trás.

Sr.as e Srs. Deputados, se analisarmos este Orçamento com seriedade, é evidente que só poderemos

reconhecer que nele está presente um conjunto de compromissos que diminui as desigualdades e que melhora

a vida dos portugueses.

A direita apelida estes compromissos de eleitoralismo. Provavelmente porque quando foi Governo ficou tão

viciada em não cumprir os compromissos assumidos e em governar contra a maioria dos portugueses que

confunde seriedade, competência e rigor com eleitoralismo.

Essa direita atropelou o futuro das gerações de jovens portugueses e ora assume que a governação é um

sucesso, mas dizendo que esse sucesso é fruto da conjuntura internacional, provavelmente por desinformação

ou por terem pouco tempo para ler jornais e ver o que se passa lá fora, e noutros dias diz-nos que continuamos

a viver em austeridade, ainda que esta narrativa não seja compreendida nem confirmada pela maioria dos

portugueses.

Esta direita confundida brindou-nos durante este debate com uma nova narrativa: a de que as previsões que

constam nesta proposta de Orçamento do Estado estão erradas e que não são possíveis de ser atingidas.

A Sr.ª Sandra Pereira (PSD): — Não fomos só nós!

O Sr. Ivan Gonçalves (PS): — Só mostra que não aprenderam nada, porque da última vez que utilizaram

este argumento e que afirmaram que as contas estavam erradas e que a meta orçamental estabelecida no

Orçamento do Estado não seria cumprida, em 2016, não só esta foi atingida como Portugal conseguiu, pela

primeira vez, um défice abaixo dos 3 %, que o vosso Governo nunca conseguiu atingir.

Protestos do PSD.

Sr.as e Srs. Deputados, uns mais nervosos do que outros, há ainda muito para fazer. Há direitos que devem

ser aprofundados, claro que sim! O trabalho ainda não acabou.

Não cometemos o erro de assumir que está tudo bem. O inconformismo faz parte da matriz da esquerda, e

é também por isso que tem sido um Governo de esquerda a permitir que todos estes sucessos sejam

alcançados. Porque o Partido Socialista se abre para quem governa, para todos os portugueses, jovens e menos

jovens, funcionários públicos e trabalhadores do setor privado, do litoral e do interior, garantindo que Portugal é

um País com futuro onde ninguém fica para trás.

Aplausos do PS.

Sr.as e Srs. Deputados, quando, nesta tarde, nos levantarmos para aprovar este Orçamento, saberemos que

connosco se levantarão milhões de portugueses que veem neste documento um instrumento para melhorar as

suas vidas, para as dignificar e que lhes dá uma esperança num futuro com uma maior igualdade de

oportunidades.

Quando nos levantarmos para aprovar este Orçamento, também saberemos quem ficará sentado. Ficarão

sentadas as direitas ressentidas: ressentidas com o sucesso do País, ressentidas com as políticas que colocam

as pessoas como principal prioridade, ressentidas com a recuperação de direitos, ressentidas com a