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I SÉRIE — NÚMERO 19

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Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Edite Estrela, do Partido Socialista,

para um pedido de esclarecimento.

A Sr.ª Edite Estrela (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Ministra da Cultura, em primeiro lugar, nesta sua primeira

intervenção na Assembleia da República na qualidade de Ministra da Cultura, quero saudá-la, desejar-lhe as

maiores felicidades no desempenho destas novas funções e felicitá-la pelo aumento, já aqui referido, do

orçamento da cultura. Neste ano, temos, de facto, o maior orçamento de sempre na cultura.

A Sr.ª Ministra disse, e bem, que o orçamento para a cultura não se esgota no Ministério da Cultura, tendo

referido as responsabilidades assumidas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros na promoção e na

internacionalização da língua portuguesa, através do Instituto Camões, da CPLP (Comunidade dos Países de

Língua Portuguesa), etc., as responsabilidades que também cometem ao Ministério da Educação na promoção

cultural e as responsabilidades de outros ministérios, como as da Secretaria de Estado do Turismo, que também

tem dado o seu contributo para a valorização, designadamente do património cultural.

O PS já tomou posição, através da minha intervenção, no que diz respeito à redução do IVA nos espetáculos

culturais. Acompanhamos a proposta do Governo, ou seja, queremos com isso facilitar o acesso de todas e de

todos à fruição cultural. De facto, temos de reconhecer que há espetáculos onde não há falta de público, onde

o público vai sem necessitar desses apoios. Concretamente, poderia dar o exemplo das touradas — também

acho que muito bem essa exceção para as touradas.

Sr.ª Ministra, já lhe foram feitas várias perguntas. Quero, apenas, pedir-lhe que refira também — não foi ainda

aqui falado — o que se passa com o restauro dos carrilhões de Mafra e dos seis órgãos da Basílica que, durante

o Governo do PSD e do CDS, ficaram parados, tendo já este Governo dado o impulso decisivo para que a sua

restauração seja feita, como julgo saber.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra o Sr. Deputado José Carlos Barros, do PSD, para um

pedido de esclarecimento.

O Sr. José Carlos Barros (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro- Ministro, Sr.as e Srs. Membros do Governo,

Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Ministra da Cultura, começando por saudá-la e desejar-lhe as melhores felicidades

neste seu novo cargo, permita-me lembrar-lhe que a sua presença, hoje, aqui, enquanto Ministra da Cultura, é

a evidência e o reconhecimento do fracasso da política cultural deste Governo num setor que vai na média de

um ministro por ano.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. José Carlos Barros (PSD): — É claro que isto não se apaga com substituições no cargo, pelo que

não deixaremos, portanto, de politicamente responsabilizar V. Ex.ª pela inação que tem caracterizado os últimos

três anos.

Falou-se aqui dos carrilhões de Mafra, e ainda bem! Este Orçamento do Estado é, em grande parte, um

regresso ao passado. Vejamos esse exemplo: como responde, Sr.ª Ministra, quando abrimos o Orçamento do

Estado e vemos anunciada a obra dos carrilhões de Mafra para 2019, quando o então Ministro, em janeiro de

2016, a tinha anunciado para 2017 e o seu antecessor a tinha anunciado, em 2017, para 2018? É que parecem

três obras, mas ainda não houve nenhuma!

Aplausos do PSD.

Pergunto, Sr. Ministra, se confirma que, no próximo ano, entrará em vigor o novo modelo de gestão dos

museus que o Orçamento anuncia sem que se veja o seu enquadramento orçamental. E pergunto se, afinal, já

não é um projeto piloto, como se anunciava em 2016, se já não é um novo instituto, como se anunciava em