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31 DE OUTUBRO DE 2018

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2017, e se, afinal, vai ser aprovado a correr, até final deste ano, como está anunciado, um regime que está a

ser tão criticado e que o Ministério continua a recusar-se discutir.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Ministra da Cultura.

A Sr.ª Ministra da Cultura: — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, vou organizar as respostas por áreas,

já que me foram colocadas várias perguntas cruzadas, que versaram os mesmos assuntos.

Comecemos pela questão do IVA para os espetáculos: a proposta do Governo representa uma melhoria ao

baixar aquele imposto de 13% para 6%, face ao que existe hoje em dia. Temos estado a ouvir vários agentes

do setor — irei reunir com alguns deles ainda durante esta fase — e aquilo que queremos dizer é o seguinte:

esta é uma melhoria, o resto discutiremos na especialidade.

Quanto à tauromaquia, Sr.ª Deputada, não é uma questão de gosto, é uma questão de civilização, e

manteremos como está.

Aplausos do PS.

Protestos do CDS-PP.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Vá dizer isso em Setúbal!

A Sr.ª Ministra da Cultura: — Quanto ao cinema, o que está nesta proposta de Orçamento do Estado é que,

através de uma autorização legislativa, o Governo possa legislar nesta matéria relativamente aos cinemas

independentes. É que, relativamente aos cinemas, a questão que se coloca é a sua grande capacidade de

dedução do IVA e, portanto, é nesse sentido que o faremos.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — E o PCP cala-se!…

A Sr.ª Ministra da Cultura: — Quanto à questão da autonomia dos museus e às várias questões que têm

sido colocadas sobre os museus, iremos, de facto, como aqui disse, prosseguir com o trabalho que já tem vindo

a ser desenvolvido relativamente ao regime de autonomia dos museus.

Vamos fazê-lo em diálogo com os diretores dos museus de todo o País, e é exatamente nesse sentido que

vamos prosseguir após a discussão do Orçamento do Estado. Temos já, neste momento, uma base bastante

consolidada de até onde podemos avançar na autonomia dos museus. Recordo que esta questão da autonomia

dos museus é algo que se arrasta há muitos anos, que nunca foi resolvida e que iremos resolver agora, abrindo,

para o futuro, perspetivas para uma crescente autonomia que, no atual quadro legislativo, não seria possível.

Quanto às questões colocadas pelo PCP sobre os vigilantes e sobre os recursos humanos, como disse,

temos estado a trabalhar com a Direção-Geral do Património Cultural, com todos os museus e monumentos

nacionais para poder reforçar o número de vigilantes, nomeadamente através deste programa, que é muito

importante, em articulação com o MAI (Ministério da Administração Interna), mas também com outros programas

em curso de reforço dos meios humanos e técnicos, ao serviço dos museus e dos equipamentos nacionais.

A Sr.ª Deputada Ana Mesquita deu aqui um exemplo relativamente à Cinemateca e ao seu laboratório, o

ANIM, exatamente um dos projetos que, neste momento, temos identificado no âmbito de projetos de

financiamento comunitário. Esse laboratório que refere é, aliás, uma pérola, sendo dos poucos laboratórios que

existem na Europa a fazer a recuperação do espólio cinematográfico e a recuperação para o digital. É um

laboratório que está há muitos anos sem os meios e os recursos humanos necessários e que está identificado,

neste momento, para o financiamento no âmbito de um projeto comunitário.

Relativamente à questão do património — outra das áreas aqui muito focadas a propósito daquilo que foi dito

na minha intervenção —, este é, de facto, absolutamente fundamental e temos de encontrar formas de o

recuperar e de o reabilitar. É que o património, ao longo dos anos, foi sendo deixado esquecido e, hoje em dia,

temos uma situação que precisamos, de facto, de atalhar.