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31 DE OUTUBRO DE 2018

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que já não estão em efetividade de funções a equipamentos das áreas governativas da cultura, educação e

justiça.

Anunciámos já, também, a entrada em funcionamento das bilheteiras automáticas no Mosteiro dos Jerónimos

e no Museu Nacional de Arqueologia. Posteriormente, esse sistema irá ser alargado à Torre de Belém, aos

Mosteiros da Batalha e de Alcobaça e ao Convento de Cristo, em Tomar. Com isto, pretendemos facilitar os

acessos de público aos equipamentos de maior procura, assegurando, em simultâneo, uma melhor gestão dos

fluxos de visitantes e mitigando a pressão sobre os edifícios.

O investimento na área do património é outra das nossas prioridades, que se materializa num aumento de

86,9% no orçamento para projetos com entidades nesta área. A Cultura tem já assegurados, para 2019,

financiamentos comunitários estimados em 15,3 milhões de euros. Prosseguiremos, assim, com projetos

concretos para a defesa e valorização do nosso património material e imaterial. O lançamento das bases para

a criação do arquivo sonoro nacional é emblemático desta prioridade.

Uma forte ligação entre a cultura e a economia tem sido outra das nossas prioridades e tem contribuído para

um reforço da cultura em áreas como a inovação, o turismo, os equipamentos culturais, a recuperação e

proteção da nossa memória e identidade, o estímulo ao investimento em cultura.

Com a Economia, criámos o Fundo de Apoio ao Turismo, Cinema e Audiovisual, com uma dotação de 50

milhões de euros. Inclui um dos incentivos mais competitivos da Europa para a captação de filmagens em

Portugal ao definir um prazo máximo de 20 dias úteis para a apreciação dos pedidos e ao permitir um cash

rebate até 30% das despesas em projetos de elevado potencial económico e/ou cultural.

Iremos dar início à instalação da Film Commission Portugal, colocando Portugal, continente e regiões

autónomas, no mundo como destino preferencial de filmagens e de atração de produções de cinema e

audiovisual estrangeiros.

São duas medidas essenciais, a par de outras medidas que serão implementadas em articulação com as

entidades regionais e municipais existentes.

Também em parceria com o Ministério da Economia, criámos o programa Revive, que tem permitido reabilitar

património que é de todos, mas que tantos deixaram por cuidar durante tantos anos. Fazemo-lo seguindo

modelos de boas práticas, atentas à responsabilidade social, inovando na relação entre privados e Estado,

mantendo o que é de todos para os que hão de vir.

Estamos comprometidos com a sustentabilidade do setor criativo e cultural e queremos que todos possam

ser parte desta estratégia. Os tempos que vivemos exigem mais atenção e redobrada confiança nos mecanismos

que possamos criar para assegurar a proteção dos nossos criadores e a segurança dos seus públicos. É por

isso que continuamos empenhados na discussão da Diretiva dos Direitos de Autor no Mercado Único Digital,

em articulação com as principais organizações representativas dos titulares de direitos de autor, e garantindo,

em particular, a proteção de obras em ambiente digital e em desenvolvimento com investigação científica.

É também neste campo que a RTP joga um papel essencial, não só porque detém atualmente um

financiamento estável, mas porque está recentrada na lógica do serviço público, com uma forte componente

educativa e cultural e uma lógica de programação diferenciada dos privados. A RTP, enquanto serviço público

de televisão, desempenha um papel central na afirmação de uma aposta na cultura, seja como poderoso

instrumento de promoção da língua portuguesa, nomeadamente no contacto próximo com as comunidades

portuguesas espalhadas pelo mundo, seja no apoio constante à criação e à inventividade artística, promovendo

a diversificação cultural e a formação de públicos.

A visão que temos para a cultura é clara: integrada, sustentável, inovadora. Se conseguirmos criar estas

plataformas e estas ligações em rede entre quem produz, quem cria, quem divulga e quem apoia, conseguiremos

chegar a muitas mais pessoas, e é isso que é necessário, ou seja, que as pessoas usufruam de cultura, acedam

a cultura e que aqueles que a fazem, aqueles que no-la oferecem tenham as condições necessárias para

continuarem num percurso distintivo, singular e de afirmação nos planos nacional e internacional. É exatamente

isso que nos vai fazer melhores como pessoas e como País.

Aplausos do PS.