O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

30 DE NOVEMBRO DE 2018

27

Risos do PS.

A coragem do Primeiro-Ministro em assumir o que pensa sobre este anacronismo fez com que muitos

abandonassem e continuem a abandonar a confortável situação de apatia em que normalmente a elite política

se posiciona nesta questão. Mas o avanço civilizacional do Governo e o humanismo de António Costa não

chegaram para que os toureiros deixassem de estar isentos de pagar impostos. A já conhecida coligação da

política identitária PCP, CDS e PSD, que há 15 anos legalizou os touros de morte, volta a juntar-se para impedir

dar alguma decência ao papel do Estado em matéria fiscal. Do CDS e do PCP não houve surpresas. Quando

chamados a decidir sobre conferir o alargamento da proteção aos mais fracos, nunca falham! Votam sempre

contra.

Protestos dos Deputados do PCP Ana Mesquita e João Oliveira.

Mas se a posição do CDS e do PCP, que os portugueses reconhecem hoje como os partidos da

institucionalização do maltrato animal, não causa estranheza, já não compreendem que o PSD se deixe colonizar

pelo ultraconservadorismo. O PSD optou por renegar os valores da social-democracia e abraçar o fanatismo da

política identitária.

Protestos do PSD.

Quanto ao PAN, precisamos de mais força. Afinal de contas, são cada vez mais as portuguesas e os

portugueses que pensam como nós.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — O Sr. Deputado está a esquecer-se de alguém!

O Sr. André Silva (PAN): — E prometemos continuar a agir com coragem, cuja etimologia significa «agir

com o coração».

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.

O Sr. André Silva (PAN): — É que gente capaz de pegar touros pelos cornos não falta. Falta, isso sim, gente

capaz de os pegar pelo coração.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Esse é um discurso de incentivo ao ódio!

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra, em nome do Grupo Parlamentar «Os Verdes», o

Sr. Deputado José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados:

Pode não ser do agrado de todas as bancadas parlamentares, mas a verdade é que as preocupações sociais

são visíveis neste Orçamento do Estado.

Há, de facto, neste Orçamento, um esforço para promover a justiça social e para cuidar dos nossos valores

ambientais. O aumento das reformas e pensões, o aumento nas prestações sociais, o fim do PEC (pagamento

especial por conta) para as micro, pequenas e médias empresas, a redução de custos para os utentes no valor

dos passes sociais, os incentivos à mobilidade sustentável ou o reforço de vigilantes da natureza são sinais

claros de que este Orçamento transporta consigo um esforço para procurar caminhos no sentido do

desenvolvimento sustentável do País.

Não estranha, por isso, que este Orçamento não tenha a simpatia daqueles que pretendiam perpetuar o

empobrecimento dos portugueses e as políticas de austeridade e que continuam a entender que os rendimentos

e os direitos que foram retirados às famílias não deveriam nunca ser devolvidos.