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I SÉRIE — NÚMERO 24

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A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Este quarto Orçamento não é melhor. Para nós, não é um bom

Orçamento aquele que sufoca de impostos famílias e empresas. Para nós, é um mau Orçamento aquele que

não olha para os problemas estruturais da demografia ou do abandono do interior. Para nós, não pode ser um

bom Orçamento aquele que retira meios às forças de segurança ou à investigação criminal, deixando asfixiado

o combate à corrupção.

Aplausos do CDS-PP e do Deputado do PSD Luís Campos Ferreira.

Muitos têm dúvidas sobre este Orçamento, do Conselho das Finanças Públicas à UTAO (Unidade Técnica

de Apoio Orçamental), dos parceiros sociais à Comissão Europeia, mas o Governo continua a dizer

orgulhosamente que está tudo bem.

Estará mesmo tudo bem quando este Governo bate o recorde de greves nos vários setores da função pública,

dos professores aos médicos, dos enfermeiros às forças de segurança e até aos juízes?

Protestos da Deputada do BE Mariana Mortágua.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É a luta que faz avançar o País!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Estará mesmo tudo bem quando o Governo carrega no setor privado

e este só não é livre para reclamar e se fazer ouvir melhor porque, como bem sabemos, «quem se mete com o

Partido Socialista leva»?

Vozes do PS: — Ah!…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Com a luta é que se avança!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — O País cor-de-rosa de António Costa simplesmente não cola com a

realidade!

Aplausos do CDS-PP.

Há escolhas alternativas, opções para governar o nosso País a pensar na prosperidade futura e não na

manutenção imediata do poder, a pensar primeiro no País e não no «eu» ou no «partido».

Há alternativas, sim, para governar o nosso País a pensar em potenciar a criação de riqueza — da agricultura

à floresta, da indústria ao turismo, dos serviços à economia do mar — para depois distribuir essa riqueza e não

nos conformarmos com dividir migalhas.

Por isso mesmo, o CDS apresentou 156 propostas de alteração a este Orçamento do Estado, propostas que

enformam opções alternativas para políticas alternativas.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Que falta de vergonha!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Fizemo-lo por dever e por direito. É nosso dever e nosso direito, na

oposição, deixar bem claras as nossas escolhas, área por área, ponto por ponto, para que porventura uma ou

outra possam passar — como, de resto, aconteceu, por exemplo, com o IVA da cultura — e para que todos

saibam que não há apenas o caminho das esquerdas, para que todos saibam que não nos curvamos todos aos

pés deste Governo.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr.as e Srs. Deputados, as palavras do Sr. Ministro do Ambiente,

quando diz que, se baixarmos a potência elétrica, pagamos menos impostos, sumarizam o ridículo deste

Orçamento do Estado.