9 DE FEVEREIRO DE 2019
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ambiente e a saúde pública, que baixa à 11.ª Comissão, 1974/XIII/4.ª (PCP) — Por uma expansão da rede do
metropolitano de Lisboa articulada com as necessidades de mobilidade da Área Metropolitana, que baixa à 6.ª
Comissão, 1975/XIII/4.ª (PS) — Recomenda ao Governo mais participação pública em saúde, que baixa à 9.ª
Comissão, 1976/XIII/4.ª (PSD) — Recomenda ao Governo a urgente concretização de medidas para a
prevenção e combate à violência doméstica, que baixa à 1.ª Comissão, e 1977/XIII/4.ª (PAN) — Pela melhoria
das condições de alojamento dos estudantes deslocados, que baixa à 8.ª Comissão.
É tudo, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Duarte Pacheco, obrigado por este esforço, ainda por cima em condições
não adequadas de ruído na Câmara.
Agora, sim, vamos proceder à verificação do quórum de deliberação.
Pausa.
Srs. Deputados, o quadro eletrónico regista 209 presenças, às quais se acrescentam as dos Srs. Deputados
João Oliveira, do PCP, e Cristóvão Norte, do PSD, perfazendo um total de 211 Deputados presentes, pelo que
temos quórum para proceder às votações.
Vamos começar pelo Voto n.º 716/XIII/4.ª (apresentado pelo PS, pelo PSD, pelo PCP, pelo BE e pelo CDS-
PP) — De pesar pelo falecimento do Comendador José Arruda, que vai ser lido pelo Sr. Secretário António
Carlos Monteiro.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Foi com profundo pesar que a Assembleia da República tomou conhecimento do falecimento do Presidente
da Direção Nacional da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, Comendador José Arruda.
Nascido em 1949, na cidade de Movene, em Moçambique, José Arruda realizou o curso comercial na Escola
Comercial de Lourenço Marques, onde desenvolveu uma promissora carreira de atleta de basquetebol até 1971,
ano em que foi obrigado a integrar o serviço militar obrigatório, até 1974.
Em 1971, foi ferido, no decorrer da Guerra Colonial que se desenrolou entre 1961-1975, num acidente do
qual resultou a cegueira e a amputação do membro superior esquerdo. Foi, por isso, em 1973, durante a sua
permanência no anexo do Hospital Militar Principal, que participou ativamente no movimento de apoio à criação
do Estatuto do Deficiente das Forças Armadas, tendo participado na primeira assembleia geral da recém-criada
Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), que surgiu na sequência da Revolução de Abril de
1974.
Retornou a Moçambique e regressou, definitivamente, a Portugal no início dos anos 80, período a partir do
qual se envolveu de forma determinante no movimento das pessoas com deficiência e na luta pelos direitos
humanos, não só na ADFA, mas também na Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal, na Federação de
Desporto para Deficientes, na Associação de Apoio aos ex-Combatentes Vítimas de Stress de Guerra e na
Associação de Jovens Deficientes.
De entre as várias representações e cargos diretivos que desempenhou, José Arruda foi ainda distinguido,
em 2004, com a Ordem de Mérito, em 2008, condecorado com a Ordem da Liberdade, em 2014, com a Medalha
da Defesa Nacional e, em 2016, agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Com o lema ‘todos na mesma trincheira — ninguém fica para trás’, o Comendador José Arruda era uma
referência incontornável para o universo da defesa nacional, mas também para a sociedade portuguesa, que
muito lhe deve pelo trabalho incansável de combate ativo e sempre determinado pelos direitos das pessoas com
deficiência, em especial nas Forças Armadas.
Reunida em sessão plenária, a Assembleia da República presta homenagem a uma vida de cidadania e luta
pelos direitos dos deficientes e manifesta à família, amigos e camaradas de José Arruda o mais sentido pesar
pelo seu desaparecimento.»
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, informo que também me associo a este voto. Vamos votá-lo.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.