28 DE FEVEREIRO DE 2019
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que eram dadas por outros agentes na área dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica, ainda que
isso signifique fazer reforço de contratações de meios humanos.
É por isso, também, que ainda hoje optámos por relançar uma avaliação daquilo que é a capacidade instalada
nos blocos operatórios no nosso Serviço Nacional de Saúde, na certeza de que sempre utilizaremos o setor
privado e o setor social como setores convencionados para manter os tempos máximos de resposta garantidos,
mas não prescindiremos de fazer aquilo que é esperado da nossa parte: maximizar os meios que temos à nossa
disposição, geri-los eficientemente.
Aplausos do PS.
É também por isso, Srs. Deputados, que temos apostado na saúde oral e no seu reforço. Vale a pena dizer
que, no início desta Legislatura, a única resposta que tínhamos em termos de saúde oral no Serviço Nacional
de Saúde era dada pelo cheque-dentista, de resto, ele próprio um instrumento de um Governo do Partido
Socialista.
Aplausos do PS.
Aquilo que optámos por fazer, Srs. Deputados, foi dotar os centros de saúde, os cuidados de saúde
primários, as respostas de proximidade, a capacidade instalada nesta área da saúde oral. E foi por isso que
temos, até agora, mais de 60 centros de saúde com capacidade instalada nesta área e esperamos atingir um
objetivo de cobertura de 60% dos municípios com este tipo de respostas.
A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — 60%? Ena!
A Sr.ª Ministra da Saúde: — Temos trabalhado com dentistas e estomatologistas para garantir os meios
humanos imprescindíveis a tal.
O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Responda, Sr.ª Ministra!
A Sr.ª Ministra da Saúde: — Compreendo que quem não vê com bons olhos o desenvolvimento e a
afirmação do SNS goste de provocar ruído, mas não nos desviaremos do nosso caminho.
O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Responda, Sr.ª Ministra!
A Sr.ª Ministra da Saúde: — Não nos desviaremos do nosso caminho, e é por isso que não desistimos ainda
de pensar, num momento que não poderá ser o atual, em outras carreiras para o Serviço Nacional de Saúde,
designadamente a tão necessária reflexão sobre aquilo que possa ser, um dia, o melhor enquadramento dos
profissionais de técnicos auxiliares de saúde.
O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Um dia!
A Sr.ª Ministra da Saúde: — É também por isso que não desistimos dos técnicos superiores de diagnóstico
e terapêutica, para os quais contamos abrir concursos, ainda no próximo mês de março, de forma a garantir a
progressão na carreira.
Aplausos do PS.
E é por isso que, em sede de trabalho com os profissionais de enfermagem, no âmbito da consulta pública
sobre a carreira, procuraremos continuar a encontrar pontos de aproximação e respostas para aquilo que de
nós é esperado: profissionais motivados e a trabalharem bem no Serviço Nacional de Saúde.