20 DE MARÇO DE 2019
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Independentemente das organizações internacionais, queremos expressar toda a nossa solidariedade
bilateral com o país irmão.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.
A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP) — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, fico lisonjeada em ver que dá
tanta atenção às voltas que o CDS faz, mas lamento dizer que não nos revemos nesses seus números, os quais
não refletem a realidade.
Se fosse visitar, ponto por ponto, cada hospital e perguntar, ponto por ponto, a cada hospital, veria que as
contratações, mesmo que em alguns sítios possa ter havido mais, não são suficientes sequer para acautelar as
necessidades criadas pelas medidas deste Governo, assim como os investimentos que foram feitos em vários
hospitais.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!
A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP) — E, quanto a isso, foi-me dito que 2018 foi o pior ano de sempre.
Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, lamento, mas esse retrato não corresponde à realidade e eu posso explicar-
lhe, ponto por ponto, onde é que estão os seus erros.
Mas deixe-me voltar à pergunta que já lhe fiz: porque é que os médicos não foram incluídos neste despacho
de autonomia?
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, os médicos estão excluídos porque têm um
regime próprio de contratação. Há dois concursos anuais para a contratação de médicos e, portanto, têm um
mecanismo próprio que não tem de ser abrangido por essa contratação corrente feita pelos hospitais. E esses,
sim, é que estavam sujeitos a autorização pontual e essa foi necessário eliminar.
Quanto ao mais, Sr.ª Deputada, desculpe, a realidade que descrevi é a realidade que existe. Hoje, temos
mais 9000 profissionais. O que a Sr.ª Deputada disse não desdiz o que eu disse. O que a Sr.ª Deputada disse
foi o seguinte: «Sim, há mais 9000, mas não chegam!», e eu estou de acordo consigo. São mais 9000, mas não
chegam. É por isso que temos de continuar a contratar.
O que lhe digo é isto: em cada um desses hospitais que visitou há mais médicos, há mais médicos
especialistas, há mais enfermeiros, há mais técnicos de diagnóstico do que havia em 2015. A Sr.ª Deputada
dirá: «Mas dizem-me que ainda faltam!». A mim também me dizem que ainda faltam. Eu sei que ainda faltam e
lá iremos chegar. Mas há uma coisa de que tenho a certeza: só chegaremos lá prosseguindo a trajetória que
temos feito e não, desculpe, regressando ao tempo em que, em vez de contratar mais, se contratava menos,
em que, em vez de acrescer, se cortava e em que, em vez de aumentar, se diminuía.
O caminho é no sentido de termos um Serviço Nacional de Saúde mais forte e é isso que estamos a fazer e
que, sabemos, temos de continuar a fazer, e temos de ser nós a fazê-lo. Desculpar-me-á, mas não foi quem
cortou mais de 1000 milhões de euros no orçamento do Serviço Nacional de Saúde que vai fazer mais do que
quem já repôs 1300 milhões de euros no Serviço Nacional de Saúde.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.