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6 DE ABRIL DE 2019

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reprogramação, que permitiu colocar na agenda aquilo que era preciso colocar: mais apoio ao investimento

privado e mais apoio ao investimento territorial, que está nesta reprogramação e que começa já a ter frutos.

Depois, há ainda aquela insanável contradição que o PSD e o CDS trazem sempre a esta Casa, que é

reclamar por mais investimento público. Ó Sr. Deputado Pedro Mota Soares e Srs. Deputados do PSD, é bom

lembrar que reclamar mais investimento público não é para quem quer, é para quem pode!

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Tenha vergonha!

O Sr. Carlos Pereira (PS): — O PSD e o CDS passaram os anos de governação a criticar o investimento

público, a dizer que o investimento público era um desastre! E isto é a vossa marca!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

De repente, os senhores vieram ao debate do bom investimento público, e ainda bem. Mas não era assim.

Os senhores criticaram sempre o investimento público, e isso não pode ser escondido deste debate.

O Sr. Presidente: — Terminou o seu tempo, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Termino, Sr. Presidente, dizendo que este debate de atualidade agendado

pelo CDS, que, afinal, está desatualizado, foi aproveitado pelo CDS para ser um debate sobre o futuro. Ou seja,

o Sr. Deputado Pedro Mota Soares usou a sua bola de cristal e resolveu prever que aquilo que ainda não está,

sequer, decidido, o PT 2030, já vai falhar.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Termino já, Sr. Presidente.

Sr. Deputado, sejamos sérios: este Governo tem perfeita consciência dos desafios que estão em cima da

mesa. Não foi aceite, por este Governo, a redução dos 7%, como o Sr. Deputado sabe, e nós vamos,

obviamente, contribuir de forma decisiva para garantir que a próxima dotação financeira seja adequada ao País.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para uma intervenção, o Sr. Ministro do Planeamento, Nelson de

Souza.

O Sr. Ministro do Planeamento (Nelson de Souza): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados:

Acontecimentos recentes, aliás, da semana passada, talvez justifiquem a repetição deste debate num prazo tão

curto de três semanas, julgo eu.

Protestos do Deputado do PSD Duarte Marques.

De facto, durante a semana passada, duas instituições de referência, o Banco de Portugal e a Comissão

Europeia, vieram dar os seus pontos de vista, distantes e independentes, sobre a matéria que nos traz hoje de

novo, aqui, ao Parlamento. Um e outro vieram, afinal, confirmar aquilo que o Governo, o Ministério do

Planeamento e a Agência do Desenvolvimento e Coesão diziam.

Risos do Deputado do PSD Duarte Marques.

Um e outro vieram, de formas distintas, dizer aquilo que é uma realidade insofismável: aquilo de que a

Comissão Europeia, com uma delegação de alto nível, a propósito da apresentação do Relatório do Semestre

Europeu, nos informou foi que Portugal estava em segundo lugar ex aequo na taxa de execução de fundos

estruturais a nível da União Europeia.