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6 DE ABRIL DE 2019

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melhores, mesmo do ponto de vista do desenvolvimento da rede de metro de Lisboa e do Porto, nomeadamente

da construção das suas linhas circulares.

Nessa medida, Sr. Ministro, gostava de lhe perguntar, mais uma vez, se o Governo não prevê a revisão

destes projetos de investimento, à luz dos impactos que, do ponto de vista social e económico, podem trazer de

melhor para a própria procura de transportes públicos existentes não só nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e

do Porto mas também dos investimentos públicos em transportes, nomeadamente na ferrovia, que, para o

interior, constituem alavancas essenciais para o crescimento e o desenvolvimento dos territórios.

Um segundo aspeto que é tão ou mais importante salvaguardar é que as medidas de investimento público

não sejam torpedeadas por outras medidas em que os Governos do PS, do CDS e do PSD foram useiros e

vezeiros no seu tempo.

Um elemento essencial, e sobre o qual deixo uma pergunta ao Sr. Deputado Pedro Mota Soares, é o impacto

que a decisão da introdução de portagens nas autoestradas do interior e nas que não têm alternativas para o

desenvolvimento dos normais fluxos de tráfego teve no efeito de secar o investimento e o desenvolvimento

desses territórios. Temos defendido sistematicamente a ideia de que as portagens na A23, na A24, na A25, na

A22 devem ser abolidas e sobre essa matéria a direita nunca teve uma palavra de conforto para com todas as

pessoas que, no interior, defendem esta mesma medida.

O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o seu tempo, Sr. Deputado.

O Sr. Heitor de Sousa (BE): — A pergunta que deixo, quer ao Governo quer à direita, é no sentido de saber

porque é que não adotam uma política social de promoção do acesso aos territórios do interior através da

eliminação das portagens.

Aplausos do BE.

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Vocês é que amparam o Governo!

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra o Sr.

Deputado Carlos Pereira.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O CDS surge neste debate a solicitar

rigor. No entanto, o Sr. Deputado Pedro Mota Soares começou a sua intervenção sem qualquer rigor.

Queria dizer ao Sr. Deputado que quem encerrou o anterior quadro comunitário não foi o vosso Governo, foi

este Governo. O que os senhores fizeram foi iniciar o PT 2020, e iniciá-lo mal.

Portanto, em conclusão, para ser rigoroso, este Governo encerrou o anterior quadro, e encerrou-o bem; o

que os senhores fizeram foi começar este quadro, e começá-lo mal. Esta é a conclusão a que o Sr. Deputado

devia ter chegado quando falou da tribuna, em vez de ter dito aquilo que disse.

Aplausos do PS.

Gostaria também de dizer que, hoje, estamos perante o estranho caso do debate de atualidade

desatualizado. O que o CDS quis fazer foi requentar uma fantasia do CDS e do PSD que dura há muitos meses

para fins eleitorais, para bandeira eleitoral, próximo das eleições. Foi isso que o Sr. Deputado quis fazer, é isso

que o CDS tem feito, é essa a postura do CDS nos últimos tempos.

Mas, Sr. Deputado, no episódio deste debate há outros factos que são insólitos. Tentar debater a aplicação

dos fundos comunitários deste quadro, não com elementos relacionados com a execução dos fundos, mas com

elementos relacionados com a execução orçamental, é, do nosso ponto de vista, um outro debate, Sr. Deputado.

É um outro debate que não este!

O Sr. António Costa Silva (PSD): — É tudo mentira?!