27 DE ABRIL DE 2019
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… desrespeitando as carreiras e desrespeitando o enquadramento legal. Por exemplo, os docentes
convidados têm de existir.
Protestos da Deputada do PCP Ana Mesquita.
Não se pode querer acabar com essa figura, necessária às instituições do ensino superior, à custa de um
instrumento que não é para isso.
Mas queria deixar uma pergunta sobre a questão da morosidade. É natural que nos preocupemos com esta
questão, mas ela tem a ver com a seriedade do processo.
Por exemplo, na educação, muitos requerimentos de assistentes operacionais foram apresentados de uma
forma em que não poderiam ser aceites e os serviços tiveram o trabalho de ajudar os requerentes a aperfeiçoar
os requerimentos, para que eles pudessem ser apresentados.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Terminou o tempo de que dispunha, Sr. Deputado, queira
terminar.
O Sr. Porfírio Silva (PS): — Termino, Sr. Presidente.
As audiências de interessados demoram tempo, mas são importantes para garantir os direitos dos
requerentes.
A minha pergunta é esta: até que ponto é que não devemos estar satisfeitos por este processo ser moroso?
É que assim ele é mais justo…
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, queira terminar.
O Sr. Porfírio Silva (PS): — … e vai fazer aquilo que tem de ser feito, no tempo que for necessário.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro das Finanças, Mário
Centeno.
O Sr. Ministro das Finanças: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Porfírio Silva, é exatamente como diz: a lei
está a ser cumprida e cada requerimento é uma pessoa, é um trabalhador, que deve e merece ter, como já foi
muito bem explicado hoje, todo o respeito e todas as instâncias de recurso, no âmbito das CAB.
É evidente que se aplica todo o enquadramento legal existente em Portugal e que todas as garantias serão
dadas a todos os trabalhadores. Mas também é verdade que é preciso dar garantias financeiras de que existe
forma de o Estado honrar todos os seus compromissos. E não honraria a minha condição de Ministro das
Finanças se não o relembrasse aqui, nesta Casa.
Aliás, um partido que dizia, de peito aberto, honrar-se por a responsabilidade financeira ser com ele, tem
agora uma certa tendência para tomar decisões e ver se, depois, lá para a frente, é possível pagar ou não.
O Sr. José Magalhães (PS): — Pois é!
O Sr. Ministro das Finanças: — Sr. Deputado, com este Governo, acabou a irresponsabilidade. Já não há
retificativos, já não há derrapagens, estamos a cumprir a lei, vamos continuar a cumprir a lei e assim o faremos
até ao final.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para formular perguntas, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sara
Madruga da Costa, do PSD.