I SÉRIE — NÚMERO 80
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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Terminou o seu tempo, Sr.ª Deputada. Faça favor de concluir.
A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Vamos para campanha eleitoral e o Sr. Ministro terá, mais uma vez,
oportunidade de prometer aquilo que nunca vai cumprir, como mais uma vez fez.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Ministro Vieira da Silva, tem a palavra para responder.
O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, acerca
de promessas que não se cumprem e de compromissos que não se assumem, poderíamos estar aqui muito
tempo a discutir e a lembrar quem prometeu não cortar impostos e não cortar pensões e fez o que fez!
Poderíamos estar aqui a tarde inteira.
Aplausos do PS.
Mas a Sr.ª Deputada, que até teve funções de responsabilidade no Instituto do Emprego e Formação
Profissional, nunca se preocupou com o facto de a generalidade dos seus colaboradores estarem a recibo verde.
Vozes do PS: — Ah!…
O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Mas, Sr.ª Deputada, em qualquer outro
debate, nós poderemos dizer que já integrámos 300 trabalhadores nos quadros do IEFP e que vamos integrar
mais 500 trabalhadores. Essa é a diferença entre quem exclui e quem inclui, entre quem promete e não cumpre
e quem assume as suas responsabilidades.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para uma pergunta, em nome do Partido
Socialista, a Sr.ª Deputada Carla Tavares.
A Sr.ª Carla Tavares (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, foi pela mão do Partido Socialista que
os trabalhadores da Administração Pública viram o fim do regime da requalificação, que mais não era do que
um passaporte para os despedimentos na função pública.
Foi também pelas mãos do Partido Socialista e pelas mãos do Governo do Partido Socialista que os
trabalhadores da função pública viram o fim dos cortes salariais, bem como a reposição do horário de trabalho
das 35 horas e ainda o pagamento integral das horas extraordinárias.
Com o intuito de valorizar os trabalhadores e aumentar a produtividade e a eficiência da Administração
Pública, o PS e o Governo do Partido Socialista puseram fim ao regime da qualificação e da mobilidade especial,
onde o Governo do PSD e do CDS tinha colocado milhares de trabalhadores, que supostamente não seriam
necessários ao Estado, para serem despedidos.
Palavras como «mobilidade especial» e «requalificação», tão temidas pelos trabalhadores da Administração
Pública, pura e simplesmente desapareceram do léxico da Administração Pública.
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Bem lembrado!
A Sr.ª Carla Tavares (PS): — Sr.as e Srs. Deputados, de facto, o CDS não alimenta frustrações dos
trabalhadores, o CDS provocou a causa dessas mesmas frustrações.
Aplausos do PS.