I SÉRIE — NÚMERO 83
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O Sr. Adão Silva (PSD): — Eis aqui, com todo o esplendor, a política de casino! Que diferença o
comportamento do Primeiro-Ministro, António Costa, com o do Primeiro-Ministro Passos Coelho que, perante as
dramáticas exigências do resgate financeiro, se dirigiu aos portugueses para lhes dizer: «Apesar das
dificuldades, eu não abandono o meu País». Que diferença!
Aplausos do PSD.
Face a esta crise artificial que cada dia que passa se converte numa charada do Dr. António Costa, quero
deixar aqui aquilo que foi dito pela direção do PSD e pelo Dr. Rui Rio, em particular, no domingo passado.
Quando, no dia 10, as propostas de alteração ao Decreto-Lei n.º 36/2019 forem votadas, o PSD vai,
coerentemente, manter as suas posições e princípios sem qualquer alteração.
O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — Gargalhadas!
O Sr. Adão Silva (PSD): — Insisto: vamos propor no Plenário da Assembleia da República a inclusão das
propostas de salvaguarda financeira, tal como as apresentámos e votámos indiciariamente, no passado dia 2
de maio.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Nós não mudámos de posição,…
O Sr. Jorge Oliveira (PCP): — Mudaram, mudaram!
O Sr. Adão Silva (PSD): — … não recuámos, não temos duas caras, não enganamos os portugueses, não
fazemos teatro.
Se o Governo e o Partido Socialista estiverem de boa-fé, votarão as nossas propostas, que procuram atender
aos direitos dos professores, num quadro de escrupulosa salvaguarda financeira.
O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — Pode esperar sentado!
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Deputado, tem de terminar.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Se o PS votar contra a nossa proposta de salvaguarda financeira, então, ficará
claro para todos os portugueses não apenas a incoerência do Governo, mas, muito especialmente, a farsa do
Dr. António Costa.
O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Muito bem!
O Sr. Adão Silva (PSD): — O Primeiro-Ministro escusa de anunciar que abandona as suas funções e foge
às suas responsabilidades, invocando argumentos que não existem.
Repetimos, Sr. Presidente, para que fique claro: se o Partido Socialista votar a favor das propostas do PSD,
cumpre-se o que foi prometido aos professores, salvaguardando-se o equilíbrio financeiro.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr. Deputado, tem mesmo de terminar.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Se, pelo contrário, o Partido Socialista votar contra as nossas propostas, como
já fez em votação indiciária, na Comissão, será o próprio PSD que votará contra o diploma, porque este não dá
as garantias do rigor financeiro e orçamental que defendemos.
Para terminar,…