I SÉRIE — NÚMERO 86
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isto que a sociedade tem uma questão financeira com o Estado, que temos vindo a negociar no estrito limite da
legalidade. Não podemos pagar algo que não tem o visto do Tribunal de Contas.
Não quero dizer, neste momento, em que ponto é que as negociações chegarão a bom porto, mas estou
convencido de que, nas próximas horas, teremos uma conclusão das negociações. Só lhe posso expressar o
meu desejo de que elas se concluam a contento de ambas as partes, mas, em qualquer caso, serão concluídas
nas próximas horas.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Sr. Deputado Fernando Negrão.
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, dívidas, essas, que têm origem
numa dívida do Governo ao SIRESP de 11 milhões de euros; senão, não havia negociações.
Sr. Primeiro-Ministro, o Tribunal de Contas disse que a dívida do Serviço Nacional de Saúde aos
fornecedores e credores aumentou 2,9 mil milhões de euros em 2017, um agravamento de 52% relativamente
a 2014.
Sr. Primeiro-Ministro, qual é o valor atual da dívida do Serviço Nacional de Saúde aos fornecedores e
credores? E, já agora, chama a isto boa gestão das contas públicas?!
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, como disse, e bem, referia-se à situação em 2017.
Verificará que relatório de 2018, quando for feito, sinalizará aquilo que há pouco lhe disse e que o senhor bem
sabe.
Ao longo de 2017, foi injetado um capital necessário para que houvesse uma significativa redução da dívida
e estamos a trabalhar para ela ser eliminada, pondo fim a um problema crónico de décadas no financiamento
do sistema de saúde.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Negrão.
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, a dívida do Serviço Nacional de
Saúde a credores e fornecedores aumenta todos os meses, repito, todos os meses.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Aumenta todos os meses! Está sempre a aumentar! É descontrolada!
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, o Presidente do Conselho Coordenador dos
Institutos Superiores Politécnicos acusa o Governo de não cumprir a totalidade dos contratos assinados com as
instituições do ensino superior. Fala de uma dívida aos politécnicos entre 5 e 6 milhões. O Governo não tem
feito a transferência dos valores a que se comprometeu nos designados «contratos de legislatura».
Sr. Primeiro-Ministro, já pagou o valor devido aos politécnicos? E, já agora, chama a isto boa gestão das
contas públicas?!
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro para responder.