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24 DE SETEMBRO DE 2020

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Penso que o Sr. Deputado João Paulo Correia, como habitualmente, não ouviu sequer a minha

intervenção, nem grande parte do debate.

Aplausos do PSD.

Se tivesse ouvido, tinha percebido que o que está em causa neste debate, hoje, no Parlamento, é o plano

estratégico do Governo. O que se percebeu é que há uma visão estratégica apresentada pelo Sr. Prof. Costa

Silva e não há ainda um plano estratégico do Governo para o que tem de ser feito a seguir. Não há, não se

percebe ainda! Estamos a discutir e vamos ver.

Portanto, o que há é uma intenção do Governo em algumas áreas, e que está em discussão — ainda bem

que está —, mas em momento nenhum eu disse que o Sr. Prof. Costa Silva não apresentou um conjunto de

propostas que valesse a pena discutir e avaliar.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Sr. Presidente, se me permite, deixo uma última nota e termino rapidamente.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Termino já, Sr. Presidente. Sr. Deputado João Paulo Correia, comparar o que é incomparável é incompreensível. Comparar a crise de

2011 com a realidade que vivemos, durante quatro anos, com o Governo do Partido Socialista, e com aquilo

que vivemos hoje é de quem está completamente a leste do paraíso.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

A Sr.ª Ministra de Estado e da Presidência (Mariana Vieira da Silva): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Um jovem nascido em 1990 completa, neste ano de 2020, 30 anos e terá assistido, na sua vida

adulta, a duas crises económicas de dimensão internacional. Há menos de uma década, muitas das empresas

onde poderia ter trabalhado deixaram de contratar, os salários sofreram cortes, não progrediu na carreira que

escolheu. Na última crise, os seus pais podem ter ficado desempregados e os seus avós podem ter tido as

pensões cortadas. Provavelmente, aos 30 anos, adiou a sua saída de casa e não pôde ainda escolher ter

filhos.

As crises, mesmo depois de ultrapassadas, persistem na vida daqueles que as viveram. É por isso que é

tão importante responder com rapidez e eficácia, para que nesta crise os impactos não sejam tão profundos,

para evitar recuos de décadas no emprego, nos salários — já se viu que é o que a direita pretende — e nos

direitos, como aqueles que aconteceram no passado.

O Governo tem assumido o compromisso de responder a esta crise de forma diferente. Temos trabalhado

no sentido de criar as condições para que a resposta combata os efeitos da crise provocada pela pandemia,

em lugar de os acentuar.

O plano de recuperação e resiliência, a par com a recuperação económica e do emprego, que é sempre o

elemento fundamental de superação de uma crise, deve proteger os mais vulneráveis. Nenhuma crise atinge

todos por igual. Atinge sempre mais fortemente os que já estavam mais desprotegidos, acentuando a sua

pobreza e as desigualdades que enfrentam, retirando as oportunidades aos que menos tinham. O que se

espera das políticas públicas é que corrijam essas desigualdades. É isso que o plano que agora discutimos

contém.

Aplausos do PS.