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I SÉRIE — NÚMERO 7

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Portanto, são matérias obviamente muito relevantes e que passam, precisamente, por essa modernização.

Para haver modernização tem de haver investimento e têm de ser criadas condições para tal. É isso

exatamente o que se pretende e esse é, seguramente, também um caminho a fazer na próxima década.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Coimbra, agradeço o tema que trouxe a este debate.

A determinada altura da sua intervenção, referiu que é importante termos responsabilidade num momento

como este que atravessamos. Já todos percebemos que este é um momento de crise provocado não só pela

questão sanitária mas também pela crise económica e social que vamos atravessar e sobre o qual este

Parlamento tem vindo a debruçar-se.

Então, importa referir o que queremos dizer quando falamos de responsabilidade, Sr. Deputado. Por falar

em responsabilidade, se calhar importava olhar para as falhas da visão estratégica e também do plano de

recuperação que foi apresentado mais recentemente. E falo-lhe, obviamente, das questões de salários e de

rendimentos que, tanto na visão estratégica, como, depois, no plano de recuperação, não estão, do nosso

ponto de vista, plasmados como deveriam estar.

Já que, na sua intervenção, falou também sobre o que foi feito, nos últimos anos, no âmbito da política de

recuperação de rendimentos, tendo ficado provado que foi isso que permitiu ultrapassar a crise, então, neste

momento, parece que se esqueceu completamente de que é preciso manter uma trajetória de recuperação de

rendimentos, de salários, de reformas e de pensões, porque isso, sim, é o método para combater qualquer

crise. Sobre isto, os documentos pouco falaram.

Uma das falhas mais tremendas que existem nestes documentos tem que ver com o código laboral e com o

combate à precariedade. Já agora, numa das respostas que há pouco deu, referiu que o Primeiro-Ministro teria

apresentado, no plano de reestruturação, propostas de combate à precariedade e, eventualmente, alterações

ao Código do Trabalho. Lamento, mas não apresenta e não há nada, nestes documentos, que nos diga o que

o Governo, afinal, quer do ponto de vista laboral. É aí que está a ênfase do que queremos enquanto sociedade

e enquanto economia. Já agora, o que foi dito foi muito pouco, pois o Sr. Primeiro-Ministro falou da

necessidade de combater a segmentação do mercado de trabalho e eu digo-lhe que isso tanto serviu para as

medidas de austeridade como pode servir para outra coisa qualquer. Portanto, é preciso responsabilidade na

definição do que queremos efetivamente.

Sr. Presidente, termino, deixando a seguinte pergunta: dentro desta responsabilidade, então, de que lado o

Partido Socialista quer ficar? Do lado de uma resposta à crise que é inovadora, que responde pelos salários,

pelas pensões e pelas pessoas…

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr.ª Deputada, tem de terminar.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — … ou, então, do lado da precariedade e do saque do Novo Banco, por exemplo, que vai manter-se ou não?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr. Deputado Cristóvão Norte, do PSD, tem a palavra.

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Pedro Coimbra, o PS é extraordinário, é mesmo imparável…

O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Muito obrigado!