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I SÉRIE — NÚMERO 10

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nossas empresas à volta desta ideia de crescimento, de acrescentar mais complexidade e mais valor àquilo que

fazemos.

E esta grande oportunidade para investir nas nossas qualificações, na adaptação das nossas empresas a

um mundo mais digital, na melhoria de produtos e processos daquilo que os produtores nacionais colocam no

mercado internacional é uma iniciativa que não pode ser superada.

Cooperação entre os produtores nacionais, que, em regiões, ou à volta de setores, são capazes de afirmar

as suas competências próprias, aprofundá-las e desenvolvê-las na competição com os produtores externos, é

o caminho que vínhamos traçando e que temos de acelerar. E a qualificação e a inovação são absolutamente

decisivas.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Continua no uso da palavra o Grupo Parlamentar do Partido Socialista.

Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Moreira Testa.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, gostaria de confrontar a Câmara com a responsabilidade que, no momento em que vivemos, nos cabe a nós, que cabe

a este País, que cabe às empresas e aos cidadãos, que cabe aos decisores políticos, que cabe aos

responsáveis.

Nós vivemos um quadro por muitos nunca antes imaginado. Nós vivemos uma situação que tem

repercussões quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista social. Mas também temos, desta vez,

os recursos para fazer face ao quadro que vivemos.

Na verdade, aquilo que foi a negociação entre os países da União Europeia, especialmente a negociação de

Portugal e de um grande bloco de países, que se bateram fortemente pela existência destes recursos, significa

que nos próximos anos teremos uma disponibilidade de qualquer coisa como 6,4 mil milhões de euros/ano para

executar as políticas públicas que dão resposta às necessidades do País. E estas políticas públicas, com

tamanha disponibilidade de recursos, não são políticas que se esgrimem, única e exclusivamente, de um e do

outro lado da barricada. É verdade que há prioridades que existem mais à esquerda, como o Estado social e os

serviços públicos, e que os próximos programas de investimento do Estado as devem compreender. Mas

também existem preocupações refletidas, muitas vezes, mais à direita, como a economia e as empresas, que

também devem estar contidas nesta discussão global.

É verdade que esta é a dimensão histórica do Partido Socialista, a de fazer congregar as preocupações que

ora são mais à direita, ora são mais à esquerda, como preocupações de um país e como respostas aos

problemas de um país. E se essas respostas dependem do Estado, não pode ser ele próprio a dificuldade na

prestação da resposta. E quando muitas vezes se anuncia o excesso de burocracia, as dificuldades de

contratação, temos de ter a consciência de que o Estado tem de ser o primeiro dos responsáveis na prestação

da resposta política, em termos de política pública, naquilo que são as necessidades do País.

Pois bem, se é necessário sermos mais ligeiros, ao mesmo tempo é necessário sermos mais transparentes,

porque a transparência não pode ser compatível com as muitas cortinas de fumo que são, muitas vezes, criadas

pelo excesso de burocracia.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — A concluir, Sr. Presidente, queria dizer, em nome do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, que anunciaremos a esta Assembleia da República a criação de um mecanismo de

avaliação da execução dos fundos públicos. Fazemo-lo em nome da transparência que Portugal merece e exige.

Aplausos do PS.