I SÉRIE — NÚMERO 20
4
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Neste momento, já estão registados 144 Deputados, portanto, não há nenhum problema quanto à validade
da votação a que iremos proceder no final do debate.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Peço a palavra, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — Para que efeito, Sr. Deputado?
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, para interpelar a Mesa sobre a condução dos trabalhos.
O Sr. Presidente: — Faça favor.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, queria só perguntar a V. Ex.ª se tem alguma informação ou alguma razão para o facto de, tanto quanto sei, pela primeira vez que discutimos um estado de emergência,
o Governo não ser representado pelo Sr. Primeiro-Ministro, como, do nosso ponto de vista, faria todo o
sentido.
Pergunto se chegou a V. Ex.ª alguma informação sobre esse facto.
Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, não tenho qualquer informação ou interpretação, mas certamente o Governo, aqui representado em alto nível, poderá ter. Portanto, o Governo poderá responder à sua
interpelação e não a Mesa.
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares pediu a palavra.
Faça favor, Sr. Secretário de Estado.
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (Duarte Cordeiro): — Muito obrigado, Sr. Presidente.
Sr. Deputado, o Governo faz-se representar, neste debate, pelo Sr. Ministro da Administração Interna, que
é o responsável pela coordenação do estado de emergência…
Vozes do CDS-PP: — Não, não!
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: — … e que esteve presente, neste Parlamento, em todos os debates do relatório do estado de emergência.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, penso que a pergunta foi clara e a resposta também, agora cada um fará a sua interpretação política.
Neste momento, temos 157 Deputados registados e, portanto, podemos dar cumprimento à ordem do dia
desta sessão e mesmo à votação final.
Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, este Plenário tem como ponto único o debate sobre o
pedido de autorização da declaração do estado de emergência, na sequência da mensagem que S. Ex.ª o
Presidente da República dirigiu ontem ao Parlamento, acompanhada do projeto de decreto presidencial,
através do qual pretende decretar o estado de emergência em todo o território nacional, entre as 0 horas do
dia 9 de novembro e as 23 horas e 59 minutos do dia 23 de novembro, sem prejuízo de eventuais renovações
nos termos da lei, com fundamento na verificação de uma situação de calamidade pública e na necessidade
de se adotarem medidas de contenção da propagação da pandemia COVID-19.
Pela quarta vez na sua história e no breve espaço de oito meses, a Assembleia da República é chamada a
apreciar um pedido desta natureza e gravidade, refletindo o enorme desafio em que consiste, em Portugal e